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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.12.2019.tde-02122019-170225
Document
Auteur
Nom complet
Maria Carolina Baggio Zanetti Nucci de Oliveira
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2019
Directeur
Jury
Casado, Tania (Président)
Amorim, Wilson Aparecido Costa de
Coêlho Junior, Pedro Jaime de
Souza, Eloisio Moulin de
Titre en portugais
Negociando com a passabilidade: a relação entre o gênero e a carreira da pessoa transgênera
Mots-clés en portugais
Carreira
Gênero
Narrativas
Pessoas transgêneras
Resumé en portugais
Nesta dissertação buscamos compreender como as relações de gênero impactam a carreira. Para investigar tal questão, nos perguntamos: como as pessoas transgêneras negociam com as relações de gênero em suas carreiras? No Brasil e no mundo, pessoas transgêneras encontram resistências por desafiarem a cisnormatividade, o conjunto de discursos que postula que o gênero de uma pessoa é determinado por seu corpo-sexo, produzindo as continuidades vagina-fêmea-mulher-feminilidade e pênis-macho-homem-masculinidade. Essas resistências também acontecem no âmbito do trabalho, traduzindo-se em dificuldades de ingressar e permanecer no mercado de trabalho formal. Buscando enxergar o processo de negociação, olhamos para a carreira, ou seja, essas experiências de trabalho no tempo e no espaço social. Assim, lançamos mão de narrativas de vida, pois é um método que permite à pessoa recontar suas vivências ao longo do tempo, contextualizando-as na história. Para produzir essas narrativas, optamos pelas histórias orais, obtidas em entrevistas em profundidade com onze pessoas transgêneras escolhidas propositalmente. Complementamos as entrevistas com observações de campo. A análise e a exibição das narrativas seguiram dois métodos diferentes: primeiramente, exibimos um resumo de cada uma das narrativas de vida, complementado com uma linha do tempo. Depois, elaboramos a análise entre as narrativas a partir dos métodos de codificação teórica e comparação constante da grounded theory. Desta última, derivamos algumas conclusões. As pessoas transgêneras podem estar em dois estados possíveis perante o mercado de trabalho: "nem tubarão nem sereia" (quando a pessoa não é reconhecida por outras como um homem cisgênero ou uma mulher cisgênera) ou passável (quando é reconhecida por outras pessoas como uma pessoa cisgênera do gênero com que se identifica). Quando está no estado em que não é passável, a pessoa sofre diversas violências e enfrenta inúmeras dificuldades para ingressar e concluir os ensinos básico e superior, para arrumar trabalho e para crescer nas organizações. Contudo, também podem receber apoios na família, em grupos e coletivos e até mesmo no trabalho, que mitigam essas violências e dificuldades. Com esse cenário em vista, as pessoas participantes adotam uma de duas estratégias: ou elas "fazem a linha" - quando se expressam de forma congruente com o gênero que lhe foi designado ao nascer -, ou jogam a real sobre sua transgeneridade. Em geral, "fazer a linha" permite que as pessoas tenham carreiras menos descontinuadas. Jogar a real, por outro lado, é um movimento arriscado, exceto quando feito no mercado da diversidade - o nome que demos para um conjunto de organizações composto por (a) organizações de e para pessoas LGBT+, (b) empresas que trabalham com a questão da diversidade e inclusão, e (c) participação em iniciativas internas ou externas de empresas. Passar-se é, como vimos, um estado, mas também uma estratégia. Ao passar, as pessoas participantes deixam de sofrer violências transfóbicas, mas continuam suscetíveis ao sexismo. No entanto, passar-se não é simples, e envolve também questões de raça e classe social. Por fim, trazemos algumas recomendações das pessoas participantes para outras pessoas transgêneras seguindo suas carreiras, e algumas recomendações para pessoas cisgêneras leitoras.
Titre en anglais
Negotiating passing: the relations between transgender people's genders and careers
Mots-clés en anglais
Career
Gender
Life stories
Transgender people
Resumé en anglais
The present research aims at understanding the impacts of gender relations in careers. To investigate such an issue, we ask: how do transgender people negotiate with gender relations during their careers? In Brazil and abroad, transgender people fight resistance for defying cisnormativity - the discourses which postulate that a person's gender is determined by their body-sex, producing the taken for granted relations between vagina-female-woman-feminity and penis-male-man-masculinity. Because of that, transgender people also find resistance when applying for jobs ascending inside formal organizations. In an effort to observe these negotiations, we look at transgender persons' careers, that is, their work experiences over time and social space. Therefore, we use life stories as our research method. It is a method that allows the research subject to recount their experiencer over time and to contextualize them in history. To elicit these narratives, we sought for oral stories. We interviewed eleven transgender people purposefully chosen. We also noted down field notes. Narrative analysis and display followed two different methods. First, we summed up each life story and drew a timeline. Then, we cross-analyzed the narratives using grounded theory's theoretical coding and the constant comparison method. It led us to the following conclusions. Transgender people can be in either one of two states: "neither shark nor mermaid" (when others do not recognize the referred person as a cisgender man or a cisgender woman) or passing (when the person is recognized as a cisgender person from the gender they identify as). If the person does not pass, they are subject to an array of forms of violence and face difficulties when entering and graduating from school and university, when looking for a job and while ascending in organizations. However, they sometimes receive support from family, groups, collectives, and even at work. Receiving support reduces the chances of suffering violence and its negative consequences. With that scenario in mind, our research subjects adopt one of two strategies: they either "go stealth" - when they express as the gender assigned to them at birth -, or they are open about their transgenderity. In general, people who "go stealth" face less discontinued careers. Being open about one's gender is risky, except when it is in the diversity market - the name we gave (a) to organizations composed and led by and attend LGBT+ people, (b) to organizations concerned about diversity and inclusion, and (c) to work positions in company's diversity initiatives. As we saw above, passing is a state, but also a strategy. When passing, our research subjects are protected from transphobic violence but are still susceptible to sexism. However, passing is not easy, and involve matters of race and social class. In the end, we present some recommendations from our research participants to other transgender people in their careers. Finally, we draw our own recommendations to our cisgender readers.
 
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CorrigidoMaria.pdf (2.88 Mbytes)
Date de Publication
2019-12-11
 
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