Nas últimas décadas, observou-se um grande avanço no estudo das relações organizacionais com relação a saúde. O presente estudo teve por objetivo avaliar o impacto das condições bucais na qualidade de vida de pré-escolares matriculados em creches comunitárias no Município de Porto Velho-RO e verificar o perfil socioeconômico das famílias e seu estado nutricional. A amostra foi constituída por 210 pré-escolares entre 3 e 5 anos de idade onde foi adotado o Índice ceod para avaliação de cárie dentária e o Índice de Massa Corpórea para avaliação do estado nutricional. Foram aplicados questionários de avaliação de influência da saúde bucal na qualidade de vida (ECOHIS) e perfil socioeconômico aos pais ou responsáveis dos respectivos pré-escolares. A estatística descritiva foi realizada por meio de frequências relativas e absolutas e a sua análise por meio do teste de Correlação de Spearman (p<0,05). Foi encontrado um ceod de 2,11 (3,04) e um Sic Índice de 5,84 (2,59), observando-se 49,52% de crianças livres de cárie dentária. A classificação socioeconômica mostrou que 80,95% encontram-se na classe média inferior e que 40,29% tem renda familiar inferior a 2 salários mínimos. Quanto ao estado nutricional, 60,48% encontravam-se eutróficas e 25,71% magreza, não apresentando influencia significativa quanto a saúde bucal (p<0,05). Foi verificada relação estatisticamente significativa entre o ceod e seus componentes na qualidade de vida (p<0,05). Concluiu-se que o impacto das condições socioeconômicas e influência da saúde bucal na qualidade de vida de crianças na idade pré-escolar podem nortear novas práticas em saúde objetivando reduzir as desigualdades na distribuição da cárie dentária na população.

In recent decades, there was a major breakthrough in the study of organizational relationships for health. This study aimed to evaluate the impact of oral conditions on quality of life of preschool children enrolled in community day care centers in the city of Porto Velho-RO and assessed the socioeconomic profile of their families and their nutritional status. The sample consisted of 210 preschool children between 3 and 5 years of age where we adopted the dmft index for assessment of dental caries and body mass index to assess nutritional status. Questionnaires were applied to evaluate the influence of oral health on quality of life (ECOHIS) and socioeconomic profile of parents or guardians of their preschoolers. Descriptive statistics were performed descriptively by means of relative and absolute frequencies and their analysis using the Spearman correlation test (p<0.05). It was found a dmft of 2.11 (3.04) and a Sic Index 5.84 (2.59), with polarization of dental caries in the population studied (49.52%). The socioeconomic classification showed that 80.95% are lower middle class and 40.29% have incomes below two minimum wages. The nutritional status, 60.48% were normal weight and thinness 25.71%, showing no significant influence in the oral health (p<0.05). Statistically significant relationship was found between the dmft and its components in the quality of life (p<0.05). It was concluded that the analysis of the socioeconomic status and influence of oral health on quality of life for children in preschool can guide new practices aimed at reducing health inequalities in the distribution of dental caries in the population.