Esta tese visa construir um discurso, inclusive visual, que permita perceber como os signos jesuíticos se refletem na busca de Lucio Costa no intuito de legitimar a identidade do movimento moderno e da nacionalidade na Era Vargas. Pretende mostrar a existência da simbologia dos jesuítas em Lucio Costa, no SPHAN e no MEC da Era Vargas. Para tal, analisa as soluções funcionais da arquitetura colonial nas obras residenciais de Lucio Costa, atribuídas também à arquitetura dos jesuítas, argumentando que, afinal, o pátio aristotélico-tomista jesuítico, um espaço multifuncional e moderno, está presente com uma nova tipologia nos pátios residenciais deste arquiteto. Evidencia também a importância histórica dos jesuítas na Igreja e no Brasil, que com sua modernidade simples e funcional, abençoaram modernistas como Lucio Costa, Rodrigo Melo e Franco, Drummond e Portinari entre 1930 e 1953. Uma vez que os planos da educação e do patrimônio moderno resultam de uma aproximação entre o Estado e a Igreja entre 1930-1945, e revelam as conjunturas e estruturas da construção sistemática de uma teoria capaz de interpretar o Brasil, como condição de suporte para o auto atribuído papel de herói civilizador da nação, papel esse atrelado a Vargas e aos loyolanos, defende-se que os pátios jesuíticos são poderes simbólicos que legitimaram a um só tempo a identidade da Era Vargas, do SPHAN e da arquitetura de Lucio Costa.

This thesis aims to build a discourse, even visual, that allows us to understand how the Jesuitics signs are reflected in the search of Lucio Costa in order to legitimize the identity of the modern movement and nationality at Vargas Era. It intends to show the existence of the symbolism of the Jesuits in Lucio Costa, in the SPHAN and in the MEC4 of the Vargas Era. To this target, it analyzes the functional solutions of colonial architecture in the residential works of Lucio Costa, also attributed to the architecture of the Jesuits, arguing that, after all, the Aristotelian Thomist Jesuitic courtyard, a multifunctional and modern space, is present with a new typology in the residential courtyards of this architect. It also highlights the historical importance of the Jesuits in the Church and in Brazil, who, with their simple and functional modernity, blessed modernists such as Lucio Costa, Rodrigo Melo e Franco, Drummond and Portinari between 1930 and 1953. Since the plans of education and modern heritage result from a rapprochement between the State and the Church between 1930-1945, and reveal the conjunctures and structures of the systematic construction of a theory capable of interpreting Brazil, as a condition of support for the self-appointed role of the civilizing hero of the nation, this role linked to Vargas and the loyolans, it is argued that the Jesuitics courtyards are symbolic powers that legitimized at once the identity of the Vargas Era, of SPHAN and the architecture of Lucio Costa.