A Museologia Social, vinda da Nova Museologia, democratiza os espaços museais, ampliando os modos de pensar e fazer museus, expandindo e qualificando as participações, decolonizando o pensamento museológico e a práxis museal, trazendo a público histórias e memórias ofuscadas, silenciadas e apagadas pela história oficial. A pesquisa visou entender, teórica e metodologicamente, como um museu comunitário se organiza em contextos onde se faz necessário para a reafirmação e visibilidade de grupos e segmentações sociais. A realidade empírica tratada envolve os assentamentos do município de Rosana (SP). A partir dela, teorizamos sobre os processos de constituição de museus comunitários, considerando os princípios da participação, autodeterminação e autogestão em um contexto local, histórico, social e cultural que compreende uma circunstância museal constitutiva da discussão proposta. A pesquisa bibliográfica tratou de questões chave sobre Nova Museologia, Museologia Social e museus comunitários e, tendo em vista a intrínseca participação do pesquisador no processo pelo método da colaboração. Interagimos pelo método da colaboração com treze assentadas por meio de atividades realizadas pelo aplicativo WhatsApp, devido aos impedimentos causados pela COVID-19. A dissertação é a construção conjunta entre o pesquisador e as assentadas em respeito ao entendimento e papel do museu para os coletivos envolvidos no controle de seu patrimônio cultural, considerando a soberania e autonomia. A pesquisa contribui com a reflexividade em museologia, com discussões teóricas e metodológicas e aprofundamento das discussões sobre Museologia Social, tendo em vista a complexidade da colaboração e o papel articulador do pesquisador inserido no processo com plena participação das pessoas assentadas no processo de decisão de seu museu.

Social Museology, coming from the New Museology, democratizes the museal spaces, expanding the ways of thinking and making museums, expanding and qualifying the participations, decolonizing the museological thought and the museal praxis, bringing public stories and memories overshadowed, silenced and erased by official history. The research aimed to understand, theoretically and methodologically, how a community museum is organized in contexts where it is necessary for the reaffirmation and visibility of groups and social segmentations. The empirical reality addressed involves the settlements of the municipality of Rosana (SP). From it, we theorize about the processes of constitution of community museums, considering the principles of participation, self-determination and selfmanagement in a local, historical, social and cultural context that comprises a museal circumstance constitutive of the proposed discussion. The bibliographic research dealt with key questions about New Museology, Social Museology and community museums and, in view of the intrinsic participation of the researcher in the process by the method of collaboration. We interacted by the method of collaboration with thirteen based through activities carried out by WhatsApp, due to the impediments caused by COVID-19. The dissertation is the joint construction between the researcher and those based on respect for the understanding and role of the museum for the collectives involved in the control of their cultural heritage, considering sovereignty and autonomy. The research contributes to the reflexivity in museology, with theoretical and methodological discussions and deepening of discussions on Social Museology, in view of the complexity of collaboration and the articulating role of the researcher inserted in the process with full participation of people based in the decision process of his museum.