Foram isolados vinte mutantes compactos de Aspergillus nidulans que apresentaram além do crescimento restrito, alterações na coloração do micélio, escassez na produção de conídios e enrugamento em vários graus. Eles foram obtidos a partir das linhagens bi A₁; meth G₁ e pro A₁; paba A₆; y A₁, após tratamento de conídios com luz ultra-violeta e nitroso-guanidina. Os mutantes compactos foram analisados geneticamente e foi verificado que dos 20 mutantes analisados, 12 apresentaram uma herança mendeliana simples em cruzamentos com linhagens normais; 7 apresentaram segregação de 2 normais ; 1 compacto indicando a possível ocorrência de aberrações cromossômicas e um dos mutantes foi de origem citoplasmático. Os determinantes morfológicos foram localizados em quase todos os grupos de ligação, exceto o III e o VIII. Os valores de ligação genética, ensaiados através do teste de dois pontos, foram obtidos em alguns casos. Alguns mutantes apresentaram o fenômeno de instabilidade mitótica e 7 setores foram analisados. Os resultados da análise genética mostraram que o mecanismo de instabilidade pode ser atribuído a elementos de natureza citoplasmática e às alterações cromossômicas. Foram apresentados alguns modelos para explicar o fenômeno. Com a finalidade de verificar outras diferenças entre os mutantes compactos e a linhagem normal, foi utilizado o respirômetro de Warburg para medir o consumo de 0₂, utilizando-se glicose como substrato. Os valores de consumo de 0₂ obtidos foram sempre menores para os isolados compactos indicando um metabolismo oxidativo mais baixo, sendo que o menor valor foi detectado para o isolado citoplasmático. A respiração endógena permanece relativamente alta e com tendência a diminuir na maioria dos casos. O consumo de glicose permaneceu em nível semelhante para todos os casos analisados, exceto no caso do isolado 13 que apresentou valores um pouco inferiores. A origem deste comportamento é discutida.