O "watermelon mosaic vírus" (WMV) é o virus predominante nas cucurbitáceas do Estado da São Paulo e nas regiões sub-tropicais. O controle ideal desta virose é através do uso de cultivares resistentes. O presente trabalho visa à identificação de fontes de resistência a WMV-1 em pepino e a elucidação do modo de herança da resistência. Foram avaliadas 141 introduções, cultivares e híbridos de pepino para resistência a WMV-1 incluindo 10 populações locais da cultivar Aodai. O estudo da herança da resistência na cultivar Formosa foi baseado no cruzamento com as cultivares suscetíveis SMR-58, Poinsett e Boston Pickling. A herança da resistência a WMV-l na cultivar Natsufushinari baseou-se no cruzamento com a cultivar suscetível SMR-58. Em todos os experimentos, utilizou-se um único isolado de WMV-1 entre quinze isolados testados e para os quais a cultivar Formosa mostrou-se consistentemente resistente. Além da cultivar Formosa, outras cultivares como Natsufushinari, Shimizu, Hyuga-2, Kuroshio, Okudji, Hoko, Taichung Mau-Gra, Tenginan Green Skin, Uzushio, Takassago Top Marker, e o PI-163217, foram resistentes a WMV-1. Dentre estas as cultivares Formosa, Natsufushinari e Okudji mostraram resistência múltipla também a CMV. A cultivar Aodai apresentou em média 8,75% de plantas resistentes, cujo controle genético da resistência é de natureza poligênica. A resistência a WMV-1 na cultivar Formosa é devida a três pares de genes recessivos e com interação não alélica. Na cultivar Natsufushinari a resistência é devido a três pares de genes recessivos, mas não necessariamente alelos dos genes para resistência da cultivar Formosa. Ocorre multiplicação de WMV-1 e CMV nas cultivares resistentes, porém com ausência de sintomas. Postula-se que o centro de origem das cultivares resistentes a WMV-1 seja o sul da China, com base na genealogia dos materiais resistentes estudados, e nas evidências da literatura que WMV-1 seja uma virose predominante nas regiões sub-tropicais.

Watermelon mosaic virus is the prevalent virus occurring on cucurbit fields in São Paulo State, Brazil, and possibly in tropical and sub-tropical regions. The present research aim to stablish sources of resistance to WMV-1 in cucumber and to study the inheritance of the resistance. One hundred forty one plant introductions. cultivars and hybrid cucumbers, including local populations of Aodai the commercial cucumber cultivar in Brazil, were screened for WMV-1. The screening was carried out in greenhouse conditions and symptoms were evaluated at sixth to seventh leaf stage, when Boston Pickling used as susceptible check had developed mosaic on 100% of its plants. The criteria of resistance was complete absence of mosaic on the leaves. Formosa, a cultivar introduced from Taiwan, Natsufushinari, Shimizu, Hyuga-2, Kuroshio, Okudji, Hoko, Taichung Mau Gra, Tenginan Green Skin, Usushio, Takassago and Top Marker introduced from Japan and China and PI-163217 from India were uniformely resistant to WMV-1. Aodai had 8.75% average of its plants resistant to WMV-1 Formosa, Natsufushinari and Okudji when screened to CMV also showed resistance to the virus. The inheritance of WMV-1 resistance on cucumber cultivar Formosa were studied on crossing with susceptible cultivars SMR-58, Poinsett and Boston Pickling. Three recessive genes with epistatic gene action central the resistance to WMV-1 in Formosa and Natsufushinari, but they are not alleles. It is proposed that the center of origin of resistant cucumber cultivars to WMV-1 is China. The assumption is based on pedigree studies and from literature evidences that WMV-1 is native from sub-tropical areas of the world. The resistant cultivars Formosa and Natsufushinari allow virus multiplication but fail to develop mosaic symptoms. The usefulness of this type of resistance is discussed.