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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.11.1972.tde-20240301-151613
Documento
Autor
Nome completo
Fábio Luiz Ferreira
Unidade da USP
Data de Defesa
Imprenta
Piracicaba, 1972
Orientador
Título em português
Suco concentrado de laranja: produção brasileira e mercado internacional
Palavras-chave em português
COMÉRCIO INTERNACIONAL
SUCO DE LARANJA CONCENTRADO
Resumo em português
Este estudo trata da análise das condições de mercado em determinados países, tendo em vista a capacidade de absorver um volume maior de suco concentrado de laranja produzido e exportado pelo Brasil. Como condição anterior e necessária, levou-se a efeito uma investigação dos antecedentes da produção de matéria-prima e da indústria de sucos para se determinar as possibilidades de expansão da produção nacional e, posteriormente, procurou-se levantar a situação da produção e do comércio dos países que concorrem com o Brasil nas exportações de suco concentrado de laranja. Do exame sobre as condições naturais e/ou conjunturais nas quais se deu o desenvolvimento da indústria de sucos, concluímos que: 1. O suprimento de matéria-prima às indústrias de processarnento mostrou-se suficiente no período analisado, não constituindo obstáculo ao desenvolvimento da indústria. Esta sim, surgiu como alternativa para o escoamento de uma produção crescente de frutas, ao mesmo tempo em que atuava como fator de modernização da citricultura. As pressões da demanda industrial sobre a oferta de laranjas não foram fortes o bastante para alterar de modo claro os preços médios recebidos pelos produtores o que indica a relativa abundância pré-existente da matéria-prima. A situação atual da produção e as perspectivas futuras de suprimento de matéria-prima permitem afirmar que a citricultura paulista poderá prover a indústria com fornecimentos crescentes de matéria-prima. Considerando as taxas anuais de crescimento e as estimativas formuladas no Capítulo II, para 1975, a produção de laranjas deverá estar em torno de 2.600.000 toneladas e a utilização industrial poderá absorver 1.300.000 toneladas. 2. A região onde se concentra a produção comercial de frutas cítricas e a indústria de processamento localiza-se no Estado de São Paulo e é a área de agricultura mais desenvolvida deste Estado, contando com ampla disponibilidade de capital social básico e com uma infraestrutura capaz de fornecer serviços auxiliares de toda espécie. O apoio dessa infraestrutura foi a base do desenvolvimento e do dinamismo da indústria que, desde o início, contou com as facilidades de modernos sistemas de transporte, energia, crédito, comunicações, comércio, assistência técnica e pesquisa. 3. A política cambial e a política governamental de incentivos à exportação repercutiram de maneira decisiva sobre a produção nacional de sucos cítricos, fazendo com que esta se voltasse quase que totalmente ao mercado externo, tornando os preços dos produtos destinados ao mercado externo mais vantajosos que os preços relativos das vendas no mercado interno. As alterações nas relações de preços foram devidas aos estímulos de isenções fiscais do IPI, ICM e pelo regime de “draw-back”, juntamente com a concessão de créditos do IPI e ICM. 4. O caráter de dependência da indústria em relação ao Mercado Externo é agravado por não ser esta integrada até ao consumidor final. Normalmente, os importadores são também fabricantes de suco, utilizando o produto nacional como base de um “blend” com o de outros países, ou, em outros casos, manipulam e diluem o produto na elaboração de refrigerantes e sucos naturais vendido sob suas próprias marcas comerciais. Em ambos os casos, o produto original perde a sua identidade de procedência e sua bandeira de origem. 5. A análise dos custos comparativos da produção de suco concentrado de laranja entre os dois principais países concorrentes, Brasil e Estados Unidos da América, revelou que o Brasil tem vantagem comparativa em relação aos custos pois que estes são 36% mais baixos que os custos de produção observados pela indústria cítrica da Flórida, EUA. Acresce-se que o produto brasileiro é concentrado a 65° Brix e o norte-americano a 45° Brix. 6. Os principais países que concorrem com o Brasil nos mercados mundiais de suco concentrado de laranja vêm se ressentindo de suprimentos de matéria-prima para a indústria de processamento, mostrando grande dependência de disponibilidade de frutas cujas quantidades são insuficientes e cujos preços são elevados, observando-se, na maioria dos países, um baixo aproveitamento industrial da capacidade instalada. Em consequência, há um aumento no preço dos seus produtos que reduz sua capacidade de competição e participação nos mercados mundiais, chegando mesmo a desaparecer da lista dos países exportadores, como é o caso do México e da Jamaica. 7. O preço da matéria-prima tem uma elevada participação na composição do custo do suco concentrado de laranja. No Brasil, a participação da matéria-prima representa 75% do custo final do produto. Verificou-se que no Brasil os preços médios pagos aos produtores de laranjas, no período de 1962 a 1968, foram os preços mais baixos observados, em comparação com os demais países concorrentes, significando que os custos agrícolas de produção de citros são mais baixos no Brasil. Lembrando que representam 75% do custo final do produto elaborado, conclui-se que o preço da matéria-prima favorece o processador brasileiro, contribuindo como fator decisivo no poder de competição do Brasil nos mercados mundiais. 8. A intensificação da concorrência entre os países produtores no mercado internacional vem exercendo forte pressão sobre os preços de exportação dos sucos concentrados, o que se verifica comparando-se os preços médios FOB de exportação de 1969 e 1970 que baixaram a níveis não remunerativos aos produtores norte-americanos, posto que as cláusulas comerciais vêm se mais favoráveis aos compradores. Persistindo esta tendência, a pressão sobre os preços, ditadas por um “mercado comprador”, poderá desestimular a produção em países que apresentam custos mais altos, afastando-os progressivamente do mercado de concentrados de laranja. Desse modo, as perspectivas futuras são favoráveis aos exportadores brasileiros que têm capacidade para cotar o produto a preço mais baixo do que qualquer concorrente e oferecendo quantidades crescentes do produto. 9) Nos países selecionados e estudados no Capítulo V, verificou-se a tendência de ampliação de importações para atender a demanda que cresce a elevadas taxas anuais. Os Estados Unidos da América não se caracterizam como mercado importador mas sim como reexportador do produto brasileiro, devendo portanto, ser considerado à parte, de maneira que o volume de suco concentrado que tem sido importado por aquele país não representa “ganhos de mercado” dos exportadores brasileiros, mas sim operações comerciais dos importadores norte-americanos. Outra exceção verifica-se ao mercado francês que impõe restrições quantitativas na importação de sucos concentrados. Mesmo constatando que existem possibilidades de aumento do consumo de sucos naturais de laranja, não se pode prever o volume de mercado para sucos concentrados enquanto perdurar o contingencionamento das importações. A análise realizada vale somente para indicar a potencialidade do mercado francês, sem contudo verificar suas possibilidades imediatas. Nos demais países o mercado para sucos concentrados está atravessando um rápido processo de evolução. Os “ganhos de mercado”, ou seja, o aumento da participação das exportações brasileiras no volume do mercado, têm sido significativos na Alemanha Ocidental, Holanda, Suécia, Dinamarca, Reino Unido e Canadá. Na Noruega, Bélgica-Luxemburgo, Suíça e Áustria, apesar da pequena participação das exportações brasileiras (ou nulas como na Suíça e Áustria), existem possibilidades de ampliação e/ou introdução no mercado de sucos de origem brasileira. As possibilidades de ganhos de mercado e a elevada elasticidade-renda da demanda para suco concentrado de laranja nos países considerados, conferem ao Brasil amplas perspectivas para o futuro das exportações. Com efeito, considerando-se a média das estimativas altas e baixas da quantidade demandada naqueles onze países (Quadro 62) para 1975, pode-se estimar que a demanda agregada para aqueles países deverá estar em torno de 320.000 toneladas de suco concentrado. A capacidade de produção da indústria brasileira em 1975 poderá se elevar além daquela prevista para 1973 (180 extratores), mas supondo que tal não aconteça, a indústria nacional de suco concentrado poderá produzir cerca de 110.000 toneladas do produto. Considerando que prevaleçam as condições e tendências expressas nos itens 6, 7 e 8, os preços mais baixos vigentes no mercado internacional, limitarão a participação de alguns países concorrentes e o volume de vendas dos exportadores brasileiros poderá crescer mais do que o dos países concorrentes, porém, a queda dos preços poder, limitar novos investimentos no setor. Por último, o elevado grau de dependência da indústria com relação ao mercado externo acarreta-lhe maiores riscos, colocando-a ao sabor das flutuações da política cambial internacional e de eventuais políticas de proteção dos países importadores.
Resumo em inglês
This study analyzed market conditions in selected countries to determine their capacity for absorbing a greater volume of the concentrated orange juice produced and exported by Brazil. As a necessary first step, an investigation was made of citrus production and of the processing industry to determine the possibilities of expanding domestic production and, subsequently, an attempt was made to survey the production and trade si tuation of countries that compete with Brazil in the export of concentrated orange juice. Upon reviewing natural and general economic conditions in which the orange juice industry developed, we concluded that: 1. The supply of raw material for the processing industries to be sufficient during the time period analyzed, and did not constitute a barrier to development of the industry in question. Rather, it was the industry that emerged to provide an outlet for an increasing production of fruit, acting a t the same time as a modernizing factor of the citrus industry. The pressures of industrial demand on the supply of orange were not strong enough to clearly influence the prices received by producers. This fact indicates that there was a relative abundance of raw material. Present production of oranges and the estimates of future supply of this raw material permit us to say that São Paulo citrus growers will be abble to provide the juice industry with increasing supplies of raw material. Considering the annual rates of growth and the estimates formulated in Chapter II for 1965, orange production should be around 2,600,000 metric tons and industrial utilization could absorb 1,300,000 metric tons. 2. The region in São Paulo where the commercial production and processing industry of citrus fruits are concentrated is also the most highly developed agricultural area in the state, with a wide range of social overhead capital and with an infrastructure able to provide auxiliary services of all kinds. The support of such an infrastructure was the basis for the development and dynamism of the juice industry which has benefitted since the beginning from the facilities of modern transport systems (electrical power, credit, communications, trade, technical assistance and research). 3. Foreign exchange policy and governmental policies promoting export exerted a marked influence on domestic production of citrus juices orienting it almost completely on the export market. Prices of the products for the export market were made more profitable than the relative prices of sales in the internal market. The changes in the price relationships were due to the incentives resulting from fiscal exemption of the IPI, ICM, and by the system of draw-back along with the granting of IPI and ICM credits. 4. The dependence of the industry upon the export market is further aggravated by the fact that i t is not vertically integrated to the final consumer. ln general, the importers are also producers of juice, and they utilize the Brazilian product as a basis for blending with products from other countries and, in some cases manipulate and dilute the product for making soft drinks and juices sold under their own trade brands. In boths cases, the original product loses i ts identity or country of origin. 5. The analysis of comparative productions costs of concentrated orange juice between the two main competing countries - Brazil and U.S.A. - showed that Brazil has a comparative advantage in %elation to costs, since they are 36% lower than the production costs observed in the citrus industry of Florida, USA. In addition, the Brazilian product is more concentrated at 65° Brix, the North American product at 45° Brix. 6. The principal countries that compete with Brazil in the world market for concentrated orange juice have problems of raw material supplies for the processing industry, which are greatly dependent upon the availability of fruit; the prices of which are high, and quantities are insufficient. Therefore, in most countries, the utilization of installed capacity is low. Consequently, there is an increase in the price of the product, which reduces its competitiveness and participation in world markets. Some countries like Mexico and Jamaica no longer export this product. 7. The price of the raw material is a major part of the cost of concentrated orange juice. In Brazil, the raw material represents 75% of the final cost of the product. It was shown that in Brazil average prices paid to orange growers over the time period 1962 to 1968 were lower than prices paid in other competing countries, which means that the agricultural costs of production of citrus fruits are lower in Brazil. 8. More intensive competition among producer countries in the international market is exerting a strong pressure on the export prices of concentrated orange juice. This can be noted when we compare average FOB export prices in 1969 and 1970 that fell to non-remunerative levels for the North American producers, as a result of trade conditions becoming more favorable to buyers. If this trend continues, the pressure on prices, dictated by a “buyer Market” may discourage production in countries that present higher costs, turning them away from the concentrated orange juice market. Thus, future prospects are favorable for the Brazilian exporters who are able to quote the product at a lower price than any other competitor and who can offer increasing quantities of the product. 9. In the countries selected and analyzed in Chapter V, a tendency to expand imports to meet demand that is growing at high annual rates was noted. The United States of America was not characterized as an importer market, but rather as a re-exporter of the Brazilian product. Therefore, it should be considered separately since the quanti ty of concentrated juice that has been imported by that country does not represent increased market share for Brazilian exporters but rather commercial operations of the North American importers. Another exception is the French market that imposes quantitativa restrictions on imports of concentrated juices. Even considering that there are possibilities for increasing consumption of natural orange juices, we cannot fore see a favorable market for concentrated juices as long as these quantitativa import restritiction last. The analysis conducted is valid only to indica te the potentiality of the French market, without assessing its immediate possibilities. In other countries, the market for concentrated juices is undergoing a rapid process of evolution. The “market gains” that is, the increased participation of Brazilian exports in the total market volume has been significant in West Germany, Holland, Sweden, Denmark, United Kingdon and Canada. ln Norway, Belgium-Luxembourg, Switzerland and Austria, in spite of the small participation of Brazilian exports (or non-existence in the case of Switzerland and Austria) there are possibilities for increasing and/or introducing Brazilian orange juices in the market. The possibilities of market gains and the high income elasticity of demand for concentrated orange juice in the countries considered offer Brazil ample perspectives for the future of exports. Indeed, considering the average of the high and low estimations of quantity demanded in those 11 countries for 1975 (Table 62), it can be estimated that the aggregate demand for those countries should be around 320,000 tons of concentrated juice. The production capacity of the Brazilian processing industry in 1975 could increase beyond that foreseen for 1973 (180 extractors), however even if this does not happen, the Brazilian industry of concentrated juice could produce around 110,000 tons of the product. If the condition and trends expressed under items 6, 7 and 8 are prevalent, the low prices in the international market will limit the participation of some competing countries and the sales volume of Brazilian exporters may grow more than that of competing countries. However, a lowering of prices may limit new investments in this sector of Brazil. Finally, the high degree of dependence of industry on external market entails greater risks, subjecting it to the fluctuations of the foreign exchange policies and other eventual protetionist policies among importing countries.
 
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Data de Publicação
2024-03-14
 
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