Foram analisadas amostras de Eucaliptus grandis com 13 anos de idade, com o uso da técnica da atenuação da radiação gama. Através do perfil de densidade obtido, foi possível determinar a densidade média em cada anel anual para as amostras divididas em quatro grupos por classe de diâmetro, tomado à altura do peito. Considerou-se como um ano de vida da árvore, o período decorrido para a formação de dois anéis outonais consecutivos, ou seja, dois picos de alta densidade. Procurou-se determinar os incrementas anuais no diâmetro à altura do peito por unidade de altura, com base em volume, massa e energia, e também estimar a idade de corte para cada um desses incrementos e a relação existente entre eles. Procurou-se também enfatizar a importância que se deve considerar com respeito a variações da densidade e do poder calorífico, no sentido medula-casca, nas determinações da idade de corte. Apesar do estudo ter sido dirigido exclusivamente ao diâmetro à altura do peito, é perfeitamente possível quantificar volume, massa e energia a nível de árvore, pelo método utilizado. O método, além de ser um método praticamente pontual e não destrutivo, possibilita diminuir o número de medidas anuais e operações de campo, não exigindo, em alguns casos, conhecimentos anteriores para a floresta. Uma outra vantagem assinalada pelo método é que as determinações podem ser feitas com as amostras a baixo teor de água, diminuindo, assim, os erros causados pela umidade. Foi verificada uma densidade crescente até o décimo ano aproximadamente, vindo a partir daí a decrescer lentamente até o décimo terceiro ano. O poder calorífico sofreu um pequeno decréscimo no sentido medula-casca e as idades de corte para as amostras analisadas a nível de DAP com base em incrementos anuais de volume, massa e energia foram, respectivamente: 8,8, 11,9 e 11,7 anos. Verificou-se também, para as amostras tomadas no diâmetro à altura do peito, que os incrementos correntes anuais de volume, massa e energia apresentaram pontos de máximos, respectivamente em: 5,1, 8,1 e 8,0 anos.

Samples of 13-year old Eucaliptus grandis were analysed using the gamma-ray attenuation technique. The density was obtained through the profile, and it was then possible to determine the mean density for each annual ring of the samples, divided into four groups according to the class of the breast-height diameter. The period from formation of two consecutive late-wood rings, i.e. two high density peaks, was considered as one year of tree life. An attempt was made to determine the annual increments at breast-height diameter, per height unit, based on volume, mass and energy, trying to estimate the cutting age for each of these elements and the relationship between them. Emphasis was also put on the importance with which density variations, and core to cork calorific value, should be considered when determining the cutting age. Although the study has been exclusively oriented to diameter at breast-height, it is perfectly possible to quantify volume, mass and energy at tree level with the method used. This method, besides being accurate and non-destructive, makes it possible to lessen the number of annual measurements and field operations, in some cases not even requiring a previous knowledge of the forest. Another advantage of the method is that the determinations can be made with samples at low moisture, thus diminishing the possibility of errors caused by water content. An increasing density was noted approximately until the tenth year, then slowly decreasing until the thirteenth year. The calorific value decreased slightly from core to cork, and sampling cutting ages for analysis, at breast height diameter, based on annual improvement of volume, mass and energy were 8.8, 11.9 and 11,7 years, respectively.