Na presente pesquisa objetivou-se, principalmente, o estudo de alguns aspectos relativos à nutrição mineral do abacateiro (Persea americana Mill.), o que foi realizado através de duas fases principais: a) experimento em solução nutritiva, e b) experimento em pomar. Em ambos, a cultivar utilizada foi ‘Fortuna’. No experimento em solução nutritiva, estudou-se a sintomatologia de deficiências de macro e micronutrientes sob o efeito da ausência e presença desses elementos no desenvolvimento e composição química da planta; com os resultados analíticos, obteve-se informações sobre os teores indicadores do estado nutricional dessa cultivar. Estudou-se ainda sintomas de toxidez com os elementos cloro e alumínio. Os sintomas de deficiência obtidos, devido à omissão de nutrientes, se assemelham aos sintomas gerais em plantas deficientes desses nutrientes e, principalmente, com aqueles obtidos por outros pesquisadores, trabalhando com essa cultura. Considerando-se os macronutrientes, os elementos nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio afetaram o desenvolvimento da planta com grande intensidade. Em relação aos micronutrientes, os elementos boro e ferro afetaram o desenvolvimento da planta em maior intensidade. Os resultados dos teores foliares mostraram, no tratamento completo, os valores médios: N = 2,17%; P = 0,26%; K = 1,63%, Ca = 2,16%; Mg = 0,64%; S = 0,28%; B = 45 ppm; Cu = 4 ppm; Fe = 178 ppm; Mn = 345 ppm; Mo = 0,36 ppm e Zn = 27 ppm. A toxidez com cloro afetou severamente o desenvolvimento da parte aérea da planta. A toxidez com alumínio mostrou sintomas típicos em relação ao sistema radicular. As concentrações do alumínio na parte aérea das plantas com toxidez desse elemento, são semelhantes àquelas encontradas na parte aérea das plantas que não o receberam, o mesmo não acontecendo com as raízes. No experimento em pomar, pretendendo-se obter informaçoes sobre níveis indicadores do estado nutricional da cultura, estudou-se os teores foliares de macro e micronutrientes em plantas adultas, com a mesma idade, em diferentes estádios de produção. Nas plantas com produção, estudou-se folhas velhas e folhas novas de ramos com frutos e de ramos sem frutos; nas plantas sem produção estudou­se apenas folhas velhas e folhas novas de ramos sem frutos. Nas plantas com alta produção de frutos os teores de nitrogênio e potássio são inferiores aos apresentados pelas plantas sem produção. Os ramos com frutos possuem menores concentrações desses nutrientes do que os ramos sem frutos. O teor de cálcio nas plantas com alta produção e semelhante ao das plantas sem produção; o ramo com fruto mostra maior teor do que o ramo sem fruto. Nas plantas com alta produção o teor de magnésio e similar ao apresentado pelas plantas sem produção. Nos ramos com frutos, o teor desse nutriente é superior ao encontrado nos ramos sem frutos. As plantas com alta produção contém menor teor de enxofre do que as plantas sem produção. A quantidade desse nutriente nos ramos com frutos é inferior a dos ramos sem frutos. Os teores de boro, cobre, molibdênio e zinco, nas plantas com alta produção, são semelhantes aos respectivos teores, apresentados pelas plantas sem produção. Os ramos com frutos contém menor teor desse último nutriente do que os ramos sem frutos. A concentração de manganês nas plantas de alta produção é maior do que nas plantas sem produção. Os ramos com frutos contêm maior teor desse elemento do que os ramos sem frutos. A quantidade de ferro nas plantas de alta produção é maior do que nas plantas sem produção. Estudou-se ainda os níveis de nutrientes de frutos dessa cultivar, tndo-se em vista estimar as quantidades exportadas da propriedade. A exportação de nutrientes pelos frutos dessa cultivar, por ocasião da colheita, obedece a ordem decrescente: K > N > P > S > Mg > Ca > Fe > B > Zn > Cu > Mn > Mo.

This paper deals with the results obtained in greenhouse and field experiments designed to study several aspects of the mineral nutrition of avocado (Persea americana Mill, cv. ‘Fortuna’). By growing young plants in nutrient solution symptoms of deficiency of N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, Mo and Zn were induced, as well as those of excess of Cl and Al. Deficiency symptoms obtained hereby are in general agreement with the literature. Growth was severely restricted when N, P, K, Ca, Mg, B and Fe were omitted from the substrate. The folowing levels of elements were found in the leaves of normal (“complete”) and deficient plants: Element: - N: 2,17% (Complete) e 1,16% (Deficient); - P: 0,26% (Complete) e 0,05% (Deficient); - K: 1,63% (Complete) e 0,23% (Deficient); - Ca: 2,16% (Complete) e 0,89% (Deficient); - Mg: 0,64% (Complete) e 0,50% (Deficient); - S: 0,28% (Complete) e 0,22% (Deficient); B: 45 ppm (Complete) e 15 ppm (Deficient); Cu: 4 ppm (Complete) e 1 ppm (Deficient); - Fe: 178 ppm (Complete) e 46 ppm (Deficient); - Mn 345 ppm (Complete) e 20 ppm (Deficient); - Mo: 0,36 ppm (Complete) e 0,07 ppm (Deficient); - Zn: 27 ppm (Complete) e 11 ppm (Deficient). Whereas the effect of Cl toxicity was more severe in the tops, the excess of Al, as expected, affected particularly the root system. The analyses of leaves collected in the field in plants with high, low and no yield showed as a rule that mobile elements (N, P, K) apeared in higher concentration in the latter two types of plants; the reverse was true for immobile elements. The export of elernents contained in the various parts of fruit obeyed the folowing decreasing order: K > N > P > S > Mg > Ca > Fe > 8 > Zn > Cu > Mn > Mo.