Estudou-se a bactéria agente causal da “queima bacteriana da folha” em milho. Os resultados foram obtidos através de observações de caracteres morfológicos, culturais e bioquímicos complementados por caracterização serológica através da técnica de dupla difusão em gel de agar. Concluiu-se que o patógeno em questão trata-se de Pseudomonas alboprecipitans Rosen. Duas técnicas de inoculação foram testadas em uma linhagem e uma cultivar de milho, usando 18 isolados de bactéria do milho, em condições de casa de vegetação. Constituiram-se na deposição do inóculo, 10⁸ células viáveis/ml, nos cartuchos das plantas, sendo que em um dos casos as plantas foram feridas e em outro não. Ambas as técnicas se mostraram igualmente eficientes na reprodução dos sintomas da doença, o que permitiu detectar cepas com diferentes níveis de patogenicidade. Hospedeiros com 12 e 18 dias de idade foram inoculados com 3 isolados da bactéria visando correlacionar a manifestação dos sintomas em função das idades das plantas. Constatou-se que é possível detectar resistência e suscetibilidade em linhagens e cultivares de milho, mesmo inoculadas com 12 dias de idade. Variações nos tipos de reações de plantas de milho a P. alboprecipitans foram detectadas em condições de casa de vegetação. As reações de resistência foram caracterizadas por apresentarem pontos e riscas cloróticas ou manchas necróticas, estas localizadas e circundadas por halos de coloração avermelhada. Reações de resistência moderada se manifestaram na forma de riscas necróticas confinadas e ausência de clorose, enquanto que as reações de suscetibilidade revelaram um encharcamento intenso e áreas necrosadas ao longo da folha. Vinte e cinco linhagens e cinco cultivares de milho foram testadas, em condições de casa de vegetação, visando o estudo das reações do hospedeiro a P. alboprecipitans. Os resultados revelaram a ocorrência de um alto grau de resistência tanto em linhagens como em plantas de certos cultivares. As reações ao patógeno variaram tanto entre como dentro dos diferentes materiais testados.

The causal agent of the corn bacterial blight was studied. Results were obtained by observation of morphological, cultural and biochemical characters, complemented by serological characterization through the double diffusion technique in agar gel. It was concluded that the pathogen studied is Pseudomonas alboprecipitans Rosen. Two inoculation technique were tested using one line and one cultivar of corn and 18 bacterial isolates from corn, under greenhouse conditions. Inoculum, at the concentration of 10⁸ propagules/ml, was applied in the whorl of the plants, which were previously wounded or not. Both techniques were equally efficient in reproducing the symptoms of the disease, and different strains with different levels of pathogenicity were detected. Corn seedlings with 12 and 18 days of age were inoculated with 3 isolates of the bacterium to correlate symptom manifestation with age of the plants. It was possible to detect resistance and susceptibility in different lines and cultivars of corn, even in seedlings 12-day-old. Variations in the types of reactions of the corn plants to P. alboprecipitans were detected under greenhouse conditions. The reactions for resistance consisted of clorotic dots and clorotic streaks or necrotic spots. The necrotic spots were localized and were surrounded by a red halo. The reactions for moderate resistance were manifested by confined necrotic streaks and absence of clorosis, whereas the reactions for susceptibility showed an intense water-soaking and necrotic areas along the leaf. Twenty five lines and 5 cultivars of corn were tested under greenhouse conditions for evaluation of resistance reactions to P. alboprecipitans. The results showed the occurrence of a high level of resistance in certain lines and certain cultivars. The reactions to the pathogen varied between and within the different materials tested.