O presente trabalho foi conduzido com a finalidade de se estudar a sensitividade a radiação gama em dez populações de milho (Zea mays L.) pertencentes às categorias Indígena, Comercial Antigo e Comercial Recente, com diferentes características raciais, germoplasma e origem. Procurou-se determinar a radiossensitividade nas gerações M₁ e M₂, utilizando-se nos dois casos sementes obtidas do cruzamento “sib”, realizado como parte inicial do trabalho. Sementes submetidas a diversas dosagens de radiação gama foram semeadas em canteiros de areia, em casa de vegetação, sendo estudados os efeitos fisiológicos causados na geração M₁, através da determinação das percentagens de germinação, sobrevivência e medição de altura das plântulas. Além disto, obteve-se a geração M₂, por autofecundação de plantas provenientes das sementes tratadas com diferentes dosagens de radiação, onde se estudou a radiossensitividade. Tal estudo foi realizado pela determinação das percentagens de germinação e sobrevivência, e medição de altura das plântulas M₂. Verificou-se também as frequências de mutações de clorofila, pela contagem de mutantes classificados em Albina, Xanta, Viridis e “Outras”. Procurou-se comparar as respostas mostradas à radiação, entre ambas as gerações. Dos resultados experimentais, as seguintes conclusões puderam ser tiradas: a. As populações diferiram entre si em radiossensitividade e apresentaram, de modo geral, um decréscimo nas percentagens de germinação, sobrevivência e na altura das plântulas M₁, conforme o aumento das dosagens de radiação gama aplicadas às sementes. b. Houve correspondência entre as percentagens de germinação e sobrevivência, mas não entre estas e a altura apresentada pelas plântulas na geração M₁. c. A medição da altura das plântulas M₁ mostrou constituir-se, neste trabalho, no método mais adequado para o estudo da sensitividade à radiação gama. d. A germinação e a sobrevivência das plântulas determinadas na geração M₂, mostraram correspondência entre si, apresentando respostas linear, quadrática ou cúbica ou combinação destas, às diferentes dosagens de radiação aplicadas às sementes M₁. Estas respostas foram incompatíveis com as observadas na geração M₁. e. Os valores das plântulas medidas em M₂, não decresceu com o aumento das dosagens de radiação aplicadas às sementes M₁. f. Os resultados obtidos na geração M₁, de modo geral, forneceram melhores informações e por isso são mais indicados para o estudo da radiossensitividade nessas populações. g. As frequências de mutações observadas, não sofreram um aumento proporcional ao aumento das dosagens de radiação. Esses resultados foram devidos, possivelmente, ao número de amostras não ser representativo, como também à própria constituição genética do material utilizado neste trabalho.

The present research was carried out in order to study the sensitivity to gamma-radiation in ten maize populations (Zea mays L.) from Indigenous, Ancient Commercial and Recent Commercial groups that differ each other in origin, racial characters and germplasm. An attempt was made to determine radiosensitivity in the M₁ and M₂ generations by using seeds from sib crosses that were carried out as the first part of the present work. Treated seeds with different doses of gamma-radiation were sown in sand beds in greenhouse. Physiological damages in the M₁ generations were studied by determining germination percentages, survival and seedling height. On the other hand, radiosensitivity was studied in the M₂ generation obtained from self pollination of the M₁ plants. For this study, germination percentages, survival and M₂ seedling height were considered. Chlorophyll mutation frequencies were estimated by counting mutants and classifying them in “Albina”, “Xantha”, “Viridis” and “Others”. It was intended to correlate radiosensitivity of the populations studied in both M₁ and M₂ generations through various characters. From the results obtained, the following conclusions can be drawn: a. The populations differ in radiosensitivity. In general, seed germination, survival and seedling height were reduced with increase of gamma-radiation dosage. b. There was a correlation between seed germination and survival but not between survival and M₁ seedling height. c. It was shown that M₁ seedling height is the best method to study gamma-radiation sensitivity, compared with the others characters mentioned. d. There were observed, between M₂ seed germination and survival, linear, quadratic, cubic correlations or their combinations, according to radiation dose. These responses were different from those shown in the M₁ generation. e. There was no decrease in the M₂ seedling height with the increase of radiation dose in the M₁ seeds. f. The results in the M₁ generation showed, in general, best information’s and therefore they indicate radiosensitivity better in those maize populations. g. Mutation frequencies did not proportionally increase with increased radiation dosages. This is, probably, due to non representative sample number as well as different genetic constitution of the material utilized.