Apresenta-se neste trabalho a utilização do sistema de irrigação por cápsulas porosas de barro em cultura de tomate (Lycopersicum esculentum, Mill). O experimento foi conduzido numa parcela de Terra Roxa Estruturada (Oxic Paleudolf) de dimensões 6,0 x 17,5 m. O espaçamento adotado entre cada linha da cultura foi de 50 cm, deixando-se entre linhas duplas uma distância de 120 cm. A distância entre plantas foi de 30 cm. Resultaram 11 linhas duplas de 6,0 m, quatro das quais foram deixadas como testemunhas (sem irrigação). As cápsulas foram enterradas no centro de cada fileira dupla da cultura espaçadas de 60 cm, de tal maneira que cada uma delas irrigava um total de 12 plantas, isto é, 4 covas. Eram ligadas entre si e a um reservatório de água de 1.000 litros de capacidade, localizado a uma altura de 2,5m da superfície do solo. Tinham uma forma cônica possuindo uma altura de 15 cm e base de 12 cm. Sua profundidade de instalação foi tal que seu ápice ficava 5 cm abaixo da superfície do solo. Tensiômetros foram instalados ao redor das cápsulas às profundidades de 10, 20, 30 e 40 cm, tanto na parcela irrigada como nas testemunhas. Calculou-se a evapotranspiração atual (ET) da cultura pelo método do balanço hídrico através da avaliação de todos os outros processos envolvidos no balanço, durante um período de 76 dias (do raleamento a maturação). Obteve-se um valor médio diário de ET de 5, 56mm.dia^-1 para a parcela irrigada e 0,87 mm.dia^-1 para a testemunha. A produção média da parcela irrigada foi de 26,05 t/ha e a da não irrigada 11,08 t/ha. Isto mostra que a irrigação por cápsulas porosas de barro aumentou de mais do dobro a produção de tomate. Medidas de tanques de evaporação Classe A(ECA) também foram feitas e comparadas com a evapotranspiração estimada pela equação do balanço. Desta comparação resultou que ET acumulada foi, em média, praticamente o dobro de ECA acumulada, durante o período do balanço. Restrições, dificuldades e vantagens da metodologia empregada também foram analisadas neste trabalho.

The utilization of the clay porous cup irrigation system in tomato (Lycopersicum esculentum, Mill) crop is discussed. An experiment was conducted in a Terra Roxa Estruturada (Oxic Paleudalf) plot with 6,0 X 17,5 m dimension. The distribution of the plants in the plot was in 50 cm spaced double lines with 120 cm between them and 30 cm between plants. There were 11 lines with 6,0 m, four of them being left as control (without irrigation). The cups were buried in the center of each double line at 60 cm space so that each irrigated a total of 12 plants or 4 holes. They were connected together and to a 1000 1 water reservoir located at 2.5 m above the soil surface. They were cone-shaped with 15 cm height and 12 cm base. The depth of the installation was such that their tops were 5 cm below the soil surface. Tensiometers were installed around the cups at 10, 20, 30 and 40 cm depth in both irrigated and non irrigated lines. Actual evapotranspiration (ET) was calculated by the water balance method through evaluation of all the other processes involved in the balance during a period of 76 days (from thinning out to maturity). Mean ET values obtained were 5.56 mm.day^-1 for the irrigated treatment and 0.87 mm.day^-1 for the control. The mean yield of the irrigated part was 26.05 t.ha^-1 whereas for the control it was 11.08 t.ha^-1. This indicates that irrigation by clay porous cups increases tomato yield by more than double. Measurements of Class A evaporation pan (ECA) were also made and compared with ET. Cummulative ET was on average approximately twice the cummulative ECA for the balance period. Restrictions, difficulties and advantages of the methodology employed are also discussed.