Este estudo avaliou o efeito do seguro rural sobre o faturamento de produtores de milho segunda safra, soja e trigo do Estado de Paraná, por meio de testes de médias pareados aplicados para cada produtor. Para tanto, foi utilizada a base de dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre os contratos de seguro rural subvencionados pelo PSR, a partir da qual foram selecionados para composição da amostra produtores que contrataram o seguro em todas as safras de 2016/17 a 2021/22. Após estimados os faturamentos dos produtores para quatro situações propostas (“sem seguro”,“com seguro não subvencionado”, “com seguro subvencionado pelo programa federal”, “com seguro subvencionado pelos programas federal e estadual, cumulativamente”), foram testadas as seguintes comparações: i) sem seguro versus com seguro não subvencionado; ii) sem seguro versus com seguro subvencionado pelo programa federal; e iii) sem seguro versus com seguro subvencionado cumulativamente pelos programas federal e estadual. A hipótese testada é a de que o custo do seguro agrícola não reduz o faturamento dos produtores segurados, ou seja, de que o faturamento sem seguro, em todas as comparações, é estatisticamente equivalente ao faturamento que seria obtido pelos mesmos produtores caso tivessem contratado o seguro. Os testes realizados mostraram que o faturamento sem seguro foi equivalente ao com seguro em, pelo menos, 89,8% das amostras de produtores de milho segunda safra, 37,8% das amostras de produtores de soja e 43,8% das amostras de produtores de trigo. Apenas um caso, o de um produtor de trigo, demonstrou que o faturamento com seguro foi superior ao sem seguro. Esses resultados sugerem que o seguro agrícola, enquanto política de auxílio à manutenção da renda no campo, vem cumprindo seu papel e que, melhorias no programa de subvenção ao prêmio poderiam contribuir ainda mais para o avanço do mercado de seguros agrícolas no país.

This study evaluated the effect of rural insurance on the income of second-season corn, soybean and wheat producers in the State of Paraná, through paired average tests applied to each producer. For this purpose, the database of the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) on rural insurance contracts subsidized by the PSR was used, from which producers who contracted insurance in all harvests of 2016/17 and 2021/22. After receiving the products for four proposals (“without insurance”, “with non-subsidized insurance”, “with insurance subsidized by the federal program”, “with insurance subsidized by federal and state programs, cumulatively”), the following comparisons were made: i) uninsured versus unsubsidised insurance; ii) uninsured versus federally subsidized insurance; and iii) uninsured versus with insurance subsidized cumulatively by federal and state programs. The tested hypothesis is that the cost of agricultural insurance does not reduce the income of the insured producers, that is, that the income without insurance, in all comparisons, is statistically equivalent to the income that would have been obtained by the same producers if they had contracted the safe. The tests carried out showed that the billing without insurance was equivalent to that with insurance in, at least, 89.8% of the samples of second crop corn producers, 37.8% of the samples of soybean producers and 43.8% of the samples of wheat producers. Only one case, that of a wheat producer, showed that revenues with insurance were higher than those without insurance. These results suggest that agricultural insurance, as a policy to help maintain income in the countryside, has been fulfilling its role and that improvements in the premium subsidy program could further contribute to the advancement of the agricultural insurance market in the country.