No presente trabalho, foram feitos estudos visando comprovar a ação fitoviricida do nucleosídeo sintético Virazole (1-β-D-ribofurasonyl-1, 2, 4-triazole-3-carboxamide), utilizando plantas de diferentes cultivares de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) que reagem à inoculação com os vírus, produzindo lesões locais. As inoculações foram feitas com o vírus do mosaico do fumo (TMV) obtido de suco de folhas doentes e preparações purificadas; com o vírus do mosaico amarelo do feijoeiro, isolado Piracicaba (VMAF-P) e com o vírus do mosaico da Vigna. Os ensaios foram feitos procurando-se estabelecer: (a) a concentração mais adequada do viricida; (b) o efeito do viricida sobre diferentes concentrações do vírus; (c) a melhor época de aplicação do viricida; (d) a influência do local de aplicação do viricida no controle dos vírus. O efeito do viricida foi avaliado através da redução no número de lesões locais produzidas e o tamanho das mesmas. Pelos resultados obtidos pode-se considerar que o produto tem ação fitoviricida, pois reduziu, na maioria dos casos, o número e o diâmetro das lesões locais. Contudo, não foi possível afirmar que houve controle total na infecção causada pelos vírus. O Virazole mostrou ação aparentemente preventiva da infecção dos vírus TMV e VMAF-P. Seu efeito não foi influenciado pelo local de aplicação. O produto foi mais eficaz quando aplicado numa área maior. O Virazole, em concentrações acima de 0.25 mg/ml produziu efeitos fitotóxicos em plantas de feijoeiro. O sintoma característico desta fitotoxidez foi o amarelecimento das folhas apicais, que, entretanto desapareceram 3 a 5 dias depois. Este efeito variou em intensidade segundo o cultivar utilizado. Dosagens iguais ou superiores a 1.0 mg/ml afetaram o desenvolvimento das plantas de feijoeiro.

The present work was carried out to verify the antiviral action of the synthetic nucleotide Virazole (1-β-D-ribofurasonyl-1, 2, 4-triazole-3-carboxamide), using different beans’ cultivar (Phaseolus vulgaris L.) that react to virus inoculation forming local lesions. The inoculation were made with the following viruses: Tobacco mosaic virus (TMV) obtained from juice of infected leaves and purified preparations; Bean yellow mosaic virus, Piracicaban isolate (VMAF-P) and Cowpea mosaic virus. The objectives of the trials were to determine: (a) the best concentration of the viricide; (b) the viricide’s effect on different concentrations of virus; (c) the best time for application of the viricide; (d) the influence of the site of the application of the viricide on the virus. The viricide’s effect was evaluated by counting the number of local lesion produced and the size of them. The results obtained may indicate that the product has antiviral action, as in most cases it reduced local lesions numbers and the size of them. However, it was not possible to show the existence of a total control of infection caused by plant virus. The Virazole showed a preventive effect of infection by TMV and VMAF-P virus. The effect was not influenced by the site of application. The product was more efficient when applied in a greater leave’s area. The Virazole, in concentrations above 0.25mg/ml produced phytotoxic effect to bean plant. The characteristic symptoms were yellowing of apical leaves, which disappeared 3 to 5 days after. That effect varied in intensity according to the bean’s cultivar plant used. Rates equal or greater than 1.0 mg/ml affect the growth of bean plants.