Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.11.2003.tde-20102003-165553
Documento
Autor
Nome completo
Marcio Augusto Soares
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
Piracicaba, 2003
Orientador
Banca examinadora
Dourado Neto, Durval (Presidente)
Fancelli, Antonio Luiz
Nass, Luciano Lourenço
Título em português
Influência de nitrogênio, zinco e boro e de suas respectivas interações no desempenho da cultura de milho (Zea mays L.).
Palavras-chave em português
adubação
boro
fenologia
fisiologia vegetal
índice de área foliar
milho
nitrogênio
zinco.
Resumo em português
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o modo como os micronutrientes
zinco e boro e suas interações com a adubação nitrogenada influenciam no desempenho
da cultura do milho (Zea mays L.). O experimento foi conduzido em área pertencente à
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), no município de
Piracicaba-SP, no ano agrícola de 2000/2001, em solo classificado como Nitossolo
Vermelho, Eutrófico, onde foi semeado o híbrido Cargill 909. O delineamento
experimental utilizado foi casualizado em blocos com vinte e sete tratamentos e três
repetições, onde tanto o zinco como o boro foram aplicados de forma localizada no
sulco, por ocasião da semeadura do milho. Os tratamentos corresponderam a cinco doses
de zinco (0, 2, 4, 8 e 16 kg.ha -1 ) e cinco doses de boro (0, 1, 2, 4 e 8 kg.ha -1 ), associados
ou não ao nitrogênio, o qual foi aplicado em três doses (0, 120 e 240 kg.ha -1 ). Cabe
salientar que o nitrogênio foi aplicado parceladamente na forma de uréia (45% N), sendo
30 kg.ha -1 aplicados no sulco de semeadura e o complemento, específico de cada
tratamento, em cobertura, no momento em que a cultura de milho apresentava cinco
folhas plenamente expandidas. Como fontes de zinco e de boro, foram utilizados o
sulfato de zinco (20% Zn) e o ácido bórico (17% B), respectivamente. Todas as parcelas
receberam, no sulco de semeadura, 80 kg.ha -1 de P2O5, na forma de superfosfato
simples, e 60 kg.ha -1 de K2O, na forma de cloreto de potássio. Visando avaliar
especificamente a influência dos referidos nutrientes nas plantas de milho, as parcelas experimentais foram mantidas totalmente livre da presença de pragas, doenças e plantas
daninhas durante todo o ciclo da cultura. Quanto às avaliações, foram determinados o
índice de área foliar, o número de folhas fotossinteticamente ativas por planta, a altura
de planta, a altura de inserção da espiga, o diâmetro do colmo, o comprimento do
primeiro e do segundo internódio do colmo e a massa de matéria seca de folhas, colmo,
pendão e espiga. Ainda, foram determinados os componentes de produção como o
número de espigas por planta (prolificidade), o comprimento da espiga, o número de
grãos por fileira, o número de fileiras de grãos na espiga, o comprimento dos grãos, a
massa de mil grãos e a produtividade de grãos. De acordo com os resultados obtidos,
concluiu-se que a aplicação de nitrogênio em doses crescentes proporcionou aumento
tanto da produtividade de grãos, como de uma série de outras variáveis que contribuíram
para esse aumento. As variáveis numero de folhas e índices de área foliar aos 20 dias
após a emergência, comprimento do primeiro internódio do colmo, massa de matéria
seca de pendão, numero de fileiras de grãos e o comprimento dos grãos não
apresentaram respostas a nenhum dos nutrientes estudados. A máxima produtividade de
grãos (9182 kg.ha -1 ) foi obtida mediante o uso da maior dose de N, sendo essa dose
considerada não recomendada devido ao baixo incremento que proporcionou (9%) em
relação à aplicação de 120 kg.ha -1 de N. Doses de N maiores que 120 kg.ha -1 não
proporcionaram aumento satisfatórios das variáveis estudadas, inclusive da
produtividade. Doses elevadas de zinco ( até 16 kg.ha -1 ) e de boro (até 8 kg.ha -1 )
aplicadas no sulco de semeadura não exerceram influência sobre a produtividade de
grãos, permitindo concluir que, nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, a
toxidez provocada pelo excesso de micronutriente é mínimo. A variável que apresentou
maior correlação com a produtividade de grãos foi o comprimento de espigas. Houve
também alta correlação do numero de folhas com o índice de área foliar.
Título em inglês
Influence of nitrogen, zinc and boron and their interactions in the maize (zea mays l.) crop performance.
Palavras-chave em inglês
boron
fertilization
leaf área index
maize
nitrogen
phenology
plant physiology
zinc.
Resumo em inglês
With the purpose of evaluating the nitrogen, zinc and boron and their
interactions in the maize crop performance, a field experiment was carried out at
Piracicaba, São Paulo State, Brazil (University of São Paulo, ESALQ), during the
agricultural year of 2000/2001, where the Typic Kandiudalf soil and Cargill 909 hybrid
were used. The experimental design was completely randomized blocks with twenty
seven treatments and three replications, where zinc and boron were applied at maize
sowing day. The treatments had five zinc doses (0, 2, 4, 8 and 16 kg.ha -1 ) and five boron
doses (0, 1, 2, 4 and 8 kg.ha -1 ), associated or not to the nitrogen, which was applied in
three doses (0, 120 and 240 kg.ha -1 ). The nitrogen was applied using urea form (45% N),
being 30 kg.ha -1 applied at sowing day and the complement, specific for each treatment,
when the maize crop presented five leaves completely expanded. The zinc sulphate
(20% Zn) and boric acid had been used (17% B) as source of zinc and boron,
respectively. All plots had received, at sowing day, 80 kg.ha -1 of P2O5, and 60 kg.ha -1 of
K2O (potassium chloride). To evaluate the influence of the nutrient related of maize
crop, the experimental area had been kept total free of weeds, pests and diseases during
all crop cycle. The following evaluations were done: the maize crop phenological stages,
leaf area, spike insertion and plant height, diameter of stem internode (first and second),
dry mass of leaves, stem, tassel and spike, number of spikes per plant, mass of spikes
with and without straw, mass of thousand grains, spike diameter, grain length, number of grain rows in the spike, spike length, number of grains per row and grains productivity.
Accordging to the results, it was possible to verify that the nitrogen application in
crescent doses increased the grain productivity and other variables. The following
variables did not present relationship with all nutrients studied: number of leaves and
leaf area index at twenty days after emergency, length of first internode stem, tassel dry
mass, number of grain rows and the grain length. The maximum grain productivity
(9182 kg.ha -1 ) was obtained under higher dose of N, where it was not reccomended
because the yiled increment was only 9% when compared with 120 kg.ha -1 of N dose.
Doses of N higher than 120 kg.ha -1 did not increase all studied variables, including grain
productivity. High doses of zinc (up to 16 kg.ha -1 ) and boron (up to 8 kg.ha -1 ) applied at
sowing date did not influence the grain productivity, allowing to conclude that, under
field experiment condition, the toxicity produced by micronutrient excess is minimum.
The spike length was the variable with higher correlation with grain productivity. There
was also high correlation between number of leaves and leaf area index.
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Data de Publicação
2003-11-04