O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade da cultura de tecidos para a propagação de variedades de manga. Cotilédones e eixos embrionários de ‘Santa Alexandrina’, ‘Oliveira Neto’, ‘Família’, ‘Bourbon’ e ‘Imperial’; embriões imaturos de ‘Oliveira Neto’; segmentos nodais com gema axilar de ‘Manila’, ‘Joe Welch’, ‘Sensation’ e ‘Tommy Atkins’ e limbo foliar de ‘Tommy Atkins’ foram utilizados como explantes e cultivados em meio de cultura GONÇALVES (1980) modificado e suplementado com 1 mg/l AIA e 0,5 mg/l 6BAP, ou MURASHIGE & SKOOG (1962) com 1 mg/l 2,4-D. As variedades Santa Alexandrina, Oliveira Neto e Família apresentaram desenvolvimento de raízes nas culturas estabelecidas a partir de segmentos de cotilédones. Os eixos embrionários de ‘Santa Alexandrina’ e ‘Família’ deram origem a plântulas em meio de cultura sem reguladores de crescimento. Calo, embrião somático e estruturas de raiz e gema foram observados em cortes histológicos na variedade Imperial, e calos e embriões somáticos na variedade Oliveira Neto, a partir de eixo embrionário em meio de cultura GONÇALVES (1980) modificado e suplementado com AIA e 6BAP. A oxidação fenólica e a periodicidade do crescimento reprodutivo dificultaram a frequência de instalação de testes de explantes provenientes de sementes, limitando a obtenção de resultados. Nos explantes de limbo foliar de ‘Tommy Atkins’, foi observado o entumecimento dos tecidos, porém a oxidação fenólica impediu qualquer desenvolvimento nos explantes. A contaminação por fungos e bactérias foi limitante para o estabelecimento das culturas a partir de explantes nodais. Observou-se nesse material, entretanto, o entumecimento dos explantes, com rachaduras, formação de calo e desenvolvimento inicial da gema axilar. Os resultados obtidos foram considerados satisfatórios, sendo necessário o desenvolvimento de alternativas para minimizar os efeitos prejudiciais da oxidação e da contaminação para continuidade do uso das técnicas de cultura de células, tecidos e órgãos.

The aim of this work was to evaluate the viability of tissue culture for propagation of mango varieties. Cotyledons and embryo axis of ‘Santa Alexandrina’, ‘Oliveira Neto’, ‘Família’, ‘Bourbon’ and ‘Imperial’; immature embryos of ‘Oliveira Neto’; nodal segments of ‘Manila’, ‘Joe Welch’, ‘Sensation’ and ‘Tommy Atkins’ and leaf blade of ‘Tommy Atkins’ were utilized to establish culture in GONÇALVES (1980) modified medium, supplemented with 1 mg/l of AIA and 0,5 mg/l of 6BAP or MS (1962) with 1 mg/l of 2,4-D. The varieties Santa Alexandrina, Oliveira Neto and Familia showed root growth and development in cultures established from cotyledons segments. Embryo axis of ‘Santa Alexandrina’ and ‘Familia’ gave rise to plantlets in medium without growth regulators. Callus, somatic embryos and root and shoot structures were observed in histological cuts of ‘Imperial’, and callus and somatic embryos were observed in ‘Oliveira Neto’ cultures established from embryo axis in GONÇALVES (1980) medium modified and supplemented with AIA and 6BAP. Phenolic oxidation and the periodicity of reproductive growth were limitant for frequency and culture establishment of reproductive growth structures. In cultures established from leaf blade of ‘Tommy Atkins’, explant swelling was observed, but phenolic oxidation inhibited callus growth. The contamination by endophytic fungus and bacteria restricted the establishment of nodal cultures. However, bud swelling, basal splitting and callus induction were observed in nodal cultures. The results were considered satisfactory and showed the need for development of alternatives to minimize the losses by phenolic oxidation and contaminants, for the continuity of the use of tissue culture for mango yield improvement.