A partir dos dados de produção em volume de látex, extraídos de clones de seringueira (Hevea spp), durante 8 anos, no Centro Experimental do Instituto Agronômico, Campinas, SP, foi estudada a estabilidade fenotípica da produção. Para tal, utilizou-se a metodologia de EBERHART e RUSSELL (1966). Os diversos ambientes foram representados por meses e anos, considerando-se somente um local, segundo um índice ambiental, obtido através do comportamento médio de todos os clones em cada mês ou ano. Cincoenta e cinco clones constaram da análise da estabilidade entre anos e um número maior nas análises entre meses dentro de anos. Foram obtidas também as correlações fenotípicas entre 7 caracteres, incluindo a produção, no ano de 1980. A variação mensal de produção dos clones dentro de anos obedeceu predominantemente a um esquema linear. Entre anos diferentes, a produção cresceu sob efeitos lineares e não lineares. Os coeficientes de regressão e desvios da regressão foram tomados como parâmetros medidores da estabilidade fenotípica nos diversos ambientes (anos e meses). Como o período de anos estudados referiu-se a uma fase de crescimento da produção, os coeficientes de regressão podem ser encarados como índices de crescimento da produção com os anos. Sendo assim, os melhores clones foram os que apresentaram maiores potenciais produtivos dados pelas médias de produção, maiores coeficientes de regressão, e menores magnitudes dos desvios da regressão. Entre os melhores, temos: GA 1328, BSA 20, C 297, C 228, LCB 510, Tjir 16, RRIM 526 e C 290. Dentre os clones que apresentaram uma má adaptação relativa, acham-se os clones da série BD, Fx e IAN, apresentando as menores médias de produção e menores coeficientes de regressão, sendo que alguns iniciaram sua produção tardiamente e alguns deixando de produzir mais cedo. As correlações fenotípicas entre caracteres sugerem que número e densidade dos anéis de vasos laticíferos, e distância média entre anéis de vasos consecutivos são caracteres que influenciam na produção.

From the data of production in volume of latex, extracted from clones of rubber tree (Hevea spp), during eight years, in the Agronômico Institute Experimental Center, Campinas, SP, the phenotypic stability of production was estiroated. For this purpose, it was employed the methodology of EBERHART and RUSSELL (1966). The several environments were represented by months and years throug an environmental index obtained by the medium performance of all the clones in each month and year. Phenotypic correlations between 7 characteristics, inoluding production, in 1980, were obtained. The monthly variation of production of the clones in isolated years showed predominantly a linear model. Between different years, the production increased under linear and non linear effects. The regression coeficients and deviations of regression were considered the parameters of phenotypic stability between the environments (years and months). Due to the fact that the period of years included in this study refered to a period of growth of production, the regression coefficents could be seen like growth coefficients of production. So, the best clones presented the best potentials of productivity, showed by thé averages of production, the best regression coefficients and the lower deviations of regression. Considering these requirements the best clones were: GA 1328, BSA 20, e 297, e 228, LCB 510, Tjir 16, RRIM 526 and C 290. The less adapted clones relatively to the others, were of BD, Fx and IAN series,because they presented the lower averages of production and the lower regression coefficients. Some of them began their production late and stopped of producing earlier. The phenotypic correlations between characteristics suggest that number and density of the rings of latex vessels and medium distance between rings of consecutive vessels are characteristics that influence in the production.