O presente estudo teve por objetivo avaliar combinações de altos níveis suplementares de cobre e zinco na ração como promotores do crescimento de leitões recém-desmamados. Foram utilizados 95 animais com 6,7± 1,3 kg para testar 5 tratamentos: controle; 200 ppm Cu; 2.500 ppm Zn; 200 ppm Cu + 2.500 ppm Zn e 100 ppm Cu + 1.250 ppm Zn, na forma de sulfato de cobre e óxido de zinco. Estes microminerais foram incorporados a uma ração basal com 18,89% PB; 1,07% lisina e 3.329 kcal EM/kg., constituída de milho, farelo de soja, soro de leite, leite em pó, açúcar, óleo e suplementos minerais e vitamínicos. Durante todo o período experimental (28 dias), a ração e a água foram fornecidas à vontade. As pesagens individuais dos leitões e a coleta dos dados de consumo de ração/parcela foram semanais. No final do experimento, após um período de 5 horas de jejum, foram coletadas amostras de sangue dos leitões para a respectiva determinação dos componentes sanguíneos e plasmáticos. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados incompletos, utilizando um esquema fatorial 3x3 incompleto, com 6 repetições/tratamento e com 3 ou 4 animais/unidade experimental. Houve interações Cu x Zn significativas para o ganho diário médio de peso (GDP) nas semanas 1 e 2 (P<0,0001) e para o consumo diário médio de ração (COR) nas semanas 1 e 2 (P<0,0002) e semanas 1 a 4 (P<0,01), sendo que 2.500 ppm de Zn na ausência de Cu suplementar promoveu aumentos significativos nas variáveis citadas. O Zn suplementar na presença de 200 ppm Cu, por um lado, não afetou (P>0,05) o GDP e o CDR em ambos os períodos, por outro lado, provocou efeitos depressivos na proteína total (P<0,0006) , albumina (P<0,0001) e relação albumina/globulina (P<0,0009). A presença de 200 ppm de Cu na dieta, também mostrou efeitos depressivos nas concentrações de hematócrito (P<0,0009), e hemoglobina (P<0,0001) independentemente do nível de Zn suplementar. Portanto, a adição de um alto nível de Cu na ração, pode ser indicativo de um possível efeito tóxico nos animais. Na conversão alimentar média (CA), a presença de 2.500 ppm de Zn na dieta melhorou (P<0,004) nas primeiras 2 semanas, independentemente do nível de Cu suplementar. Ficou evidenciado que a suplementação de 2.500 ppm Zn na ração demonstrou ser um eficiente promotor do crescimento de leitões na fase de creche, tanto nas semanas 1 e 2 como nas semanas 1 a 4. De modo geral, ficou também constatado, que a combinação intermediária 100 ppm Cu + 1.250 ppm Zn, foi o segundo melhor tratamento em ambos os períodos.

An experiment, involving 95 weanling pigs averaging 6.7±1.3 kg initial live weight, was carried out to evaluate the effects of high dietary copper and zinc levels: control; 200 ppm Cu; 2,500 ppm Zn; 200 ppm Cu + 2,500 ppm Zn e 100 ppm Cu + 1,250 ppm Zn (as copper sulphate and zinc oxide) on performance and on blood and plasma components. The basal diet (18.89% CP; 1.07% lisina and 3,329 kcal ME/kg) was based on com, soybean meal, dried whey, dried skim milk, sucrose, oil, and fortified with mineral and vitamin supplements. Feed and water were given "ad libitum" to pigs during the 28-day experimental period. Pigs were weighed individually and feed intake/pen was registered weekly. At the end of experimental period, blood samples were collected from anterior vena cava of pigs after a 5-hour fasting period. A randomized complete block design with 6 replications and 3 or 4 animals/experimental unit (pen) were utilized. Interaction Cu x Zn was observed in the first and second weeks on the average daily gain (ADG) (P<.0001) and on the averge daily feed intake (ADF) (P<.0002). This last variable also showed interaction in these microelements in the first until the fourth week (P<.01), demonstrating that Zn, in the absence of supplementary Cu promoted significant increases on the variables mentioned above. The Zn supplementation in the presence of 200 ppm Cu did not effect (P> .05) the ADG and ADF in either periods. On the other hand, it showed depressive results of plasma protein (P<.0006), plasma albumin (P<.0001) and the relation plasma albumin/globulin (P<.0009). The presence of 200 ppm Cu in the diet also showed depressive results of hematocrit (P<.0009) and hemoglobin (P<.0001), independently of the level of supplementary Zn. Therefore, high dietary level of Cu is indicating a possible copper toxicity on animals. On feed conversion (FC), the presence of Zn in the diet improved (P<.004) during the first and second weeks, independently of the level of supplementary Cu. The results of this experiment suggest that 2,500 ppm Zn in the absence of supplementary Cu demonstrated to be an efficient promotor of weanling pigs as in the first and second weeks as in the first until the fourth week. There are, also, evidences that the second best results in general was the 100 ppm Cu + 1,250 ppm Zn combination in either periods.