A compatibilidade entre quatro níveis de fertilização nitrogenada (N-ureia) foi avaliada em plantas de capim-marandu (Urochloa brizantha cv. Marandu) inoculadas com bactéria diazotrófica endofítica emergente (Herbaspirillum seropedicae HRC54), via foliar. O experimento foi desenvolvido em condição de casa-de-vegetação, em delineamento em blocos casualizados, obedecendo a um esquema fatorial 4x2. Essa questão foi baseada no recorrente apelo ambiental e econômico em torno da baixa eficiência de uso do N-ureia em culturas não-leguminosas. Procedimentos mais usais no nosso campo de pesquisa foram aliados a técnicas precisas para tratar especialmente da contribuição de N-fixado e da recuperação do N-fertilizante aplicado nessa interação planta-bactéria. Por meio da combinação de técnicas isotópicas ¹⁵N (abundância natural δ¹⁵N e diluição isotópica) foi constatado que a inoculação contribuiu significativamente com N-fixado, porém observou-se redução substancial na fixação biológica do nitrogênio com o incremento dos níveis de N (de 21,5% para 8,6%). Em alto nível de N-fertilização (100 mg kg^-1 de solo) pouco ou nenhum efeito da inoculação foi constatado, fornecendo base suficiente para classificá-lo como inibitória à atuação do microrganismo. Plantas de capim-marandu inoculadas e providas de condições mais modestas de N-fertilização (nível ausente, baixo e médio ou 0, 25 e 50 mg kg^-1 de solo, respectivamente) produziram mais biomassa de raízes (até +37,7%) e da parte aérea (até +28,5%).Também exploravam mais os recursos do solo (N, P, K, Mg e Fe foram mais acumulados na parte aérea), bem como o N-fertilizante aplicado (recuperando até 2 vezes mais), o que foi atribuído especialmente ao maior desenvolvimento de raízes de menores diâmetros (especialmente <1mm). Aqui, comunicamos ainda em pequena escala, como tirar melhor proveito da inoculação com H. seropedicae no capim-marandu, e, portanto, contribuir para o uso mais racional e eficiente de N-fertilizantes. Finalmente, abrimos questões para novas investigações baseadas em técnicas isotópicas ¹⁵N com grande potencial de aplicabilidade.

The compatibility between four levels of nitrogen fertilization (N-urea) was evaluated in marandu grass (Urochloa brizantha cv. Marandu) inoculated by leaf application with emerging endophytic diazotrophic bacteria (Herbaspirillum seropedicae HRC54). The experiment was developed under a randomized block design under greenhouse conditions, following a 4x2 factorial scheme. This approach was based on the recurrent environmental and economic appeal around the low use efficiency of N-urea in non-legume crops. More usual procedures in our field of research were combined with precise techniques to address the contribution of N-fixed and the recovery of applied N-fertilizer in this plant-bacteria interaction primarily. A combination of ¹⁵N isotopic techniques (natural abundance δ¹⁵N and isotopic dilution) found that inoculation contributed significantly to N-fixed, but a substantial reduction in biological nitrogen fixation was observed with increasing N levels (from 21.5% to 8.6%). At a high N-fertilization level (100 mg kg^-1of soil), little or no effect of inoculation was found, providing the sufficient basis to classify it as inhibitory to microorganism action. Inoculated marandu grass plants provided with more modest N-fertilization conditions (default, low and medium level or 0, 25, and 50 mg kg^-1 soil, respectively) produced more root (up to +37.7%) and shoots (up to +28.5%) dry matter. They also exploited more soil resources (N, P, K, Mg, and Fe were accumulated more in shoots) as well as applied N-fertilizer (recovering up to 2 times more), which was attributed mainly to the more significant development of smaller diameter roots (especially <1mm). Here, we communicate, on a small scale, how to take better advantage of H. seropedicae inoculation on marandu grass, thus contributing to more rational and efficient N-fertilizer use. Finally, we open questions for further investigations based on ¹⁵N isotopic techniques with great potential for applicability.