Foram feitos testes para avaliar o desempenho de tensiômetros com manômetro de câmara de ar, pela sua comparação com os resultados apresentados pelo tensiômetro convencional de manômetro de mercúrio. Dois testes foram feitos no laboratório de física do solo do Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA/USP e um em condições de campo, realizado em uma terra roxa estruturada localizada na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ/USP, ambos em Piracicaba (SP). O primeiro teste realizado no laboratório constou de um tensiômetro de duplo manômetro (mercúrio e câmara de ar), com a cápsula exposta às condições do ar ambiente. O segundo foi feito com tensiômetros com manômetros individualizados, em vaso com solo homogêneo. No campo um experimento foi instalado, com delineamento de blocos ao acaso, com três profundidades e cinco repetições, dentro de um seringai de 8 anos. Foi avaliada a resposta do tensiômetro de câmara de ar com relação a sua habilidade de monitorar a variação de potencial mátrico da água. Os resultados mostraram que o tensiômetro de câmara de ar respondeu de forma semelhante ao tensiômetro com manômetro de mercúrio, embora com pequenas diferenças, as quais, porém, não invalidam o seu uso. A sensibilidade do manômetro de câmara de ar pode ser considerada como boa para uso em programas de irrigação. O efeito da temperatura sobre a resposta do tensiômetro de câmara de ar foi importante na faixa de alto potencial mátrico (solo úmido), porém não o foi para baixos potenciais (solo seco). O uso do tensiômetro de câmara de ar pode ser recomendado para o monitoramento do potencial mátrico da água no solo nas condições normais de cultivo, apresentando as vantagens de ser mais barato, mais fácil manuseio e não conter material tóxico. Para programas de pesquisa, no entanto, aconselha-se, ainda, o uso do tensiômetro de mercúrio, do qual as respostas já são mais conhecidas.

Tests were made to evaluate the performance of tensiometers with air chamber manometers, through the comparison with results of conventional mercury manometer tensiometers. Two tests were carried out in the soil physics laboratory of the Center for Nuclear Energy in Agriculture - CENA/USP, and a third one under field conditions, at the Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” on a dark red latosol, locally called "terra roxa estruturada". The first laboratory test was performed using a tensiometer with double manometers (mercury and air chamber), with the porous cup exposed to ambiental air conditions. The second test was performed with tensiometers having individual manometers, instaled in a pot of homogeneous soil. Under field conditions, a randomized block design was Results indicated that the air chamber tensiometers had a similar response as compared to the mercury manometer tensiometers, althougt with small differences, which, however, do not invalidate their use. The sensivity of the air chamber tensiometer can be considered good for its use in irrigation programs. The temperature effect on the response of the air chamber tensiometer was important in the high range of matric potential (wet soil), but not for the low range (dry soil). The use of the air chamber tensiometer can be recommended in field conditions to irrigation scheduling. For research programs, however, it is expected that the traditional mercury manometer tensiometer will still show a better performance. used, having three depths and five replicates, within a rubber- tree crop, eight years old.