Experimentos de laboratório e casa-de-vegetação foram conduzidos com os solos Podzólico Vermelho Amarelo (areia barrenta, pH 7,1) e Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (barro arenoso, pH 5,8), com a finalidade de avaliar as perdas de amônia por volatilização decorrentes do emprego da uréia em diferentes doses (120, 180 e 240 kg/ha de N) e modos de aplicação; no experimento de laboratório a amônia volatilizada foi arrastada por fluxo de ar e coletada em solução de ácido bórico e quantificada por titulação, enquanto que nos de casa-de-vegetação a volatilização foi estimada indireta - mente utilizando-se o milho como planta-teste. A distribuição da amônia no solo e a nitrificação no local da aplicação do fertilizante foram igualmente estudados através de experimentos de laboratório com o solo Podzólico Vermelho Amarelo. As maiores perdas de amônia por volatilização ocorreram durante os primeiros dias da adição de uréia ao solo. As perdas absolutas aumentaram com o aumento da dose de uréia, mas em termos -porcentuais as perdas sofreram influência marcante da dose somente quando o adubo foi aplicado abaixo da superfície. A aplicação da uréia à superfície resultou perdas de 83 a 91%; a incorporação do adubo à camada 0-2 cm do solo não diminuiu essas perdas ou diminuiu-as no máximo em 15%, enquanto que a incorporação a 0-5 cm diminuiu a volatilização em até 64% e a localização a 5 cm de profundidade de em até 100%. O efeito da incorporação ou enterrio da uréia sobre a volatilização foi maior para as doses mais baixas, e mais evidente no solo Podzólico Vermelho Amarelo que no Latossolo Vermelho Amarelo, talvez devido à maior CTC do primeiro. A amônia concentrou-se na camada 0-1 cm do solo quando a uréia foi aplicada à superfície, mas significativa porção difundiu-se até a profundidade de 7 cm. Quando a 'aplicação foi a 5 cm de profundidade houve maior a cúmulo de amônia em torno dessa região de aplicação, tendo uma parte atingido a camada 0-1 cm. Nos locais onde a uréia foi aplicada o pH do solo elevou-se de 6,9_ para até 8,7. A concentração de amônia e o pH diminuíram com a distância da região adubada, tendo havido elevada correlação entre essas variáveis. A maior parte (61 a 92%) da amônia contida na região de aplicação da uréia foi nitrificada em nove semanas, independentemente da dose ou do modo de aplicação. Apesar da presença da amônia e dos altos valores de pH, não houve acúmulo de nitrito. Com a nitrificação, o pH decresceu a valores inferiores ao do solo original.

Laboratory and greenhouse experirnents were carried out with Red-Yellow Podzolic (loarny sand, pH 7.1) and Red-Yellow Latosol distrofic (sandy loarn, pH 5.1) soils to evaluate the arnrnonia volatilization lasses frorn urea applied at different rates (120, 180 and 240 kg/ha of N) and rnethods of application; in the laboratory the evolved arnrnonia was collected in boric acid by rneans of a flow of air and quantified by titration, whereas in the greenhouse volatilization was indirectly estirnated using corn as a test-plant. Arnrnonia distribution in the soil and nitrification in the zone of urea application were also studied by rneans of laboratory exper.irrents with the Red-Yellow Podzolic soil. The major lasses of amrnonia by volatilization took place during the first days after addition of urea to the soil. Absolute lasses increased with increasing rates of urea application, but percent lesses were markedly affected by rates only when the fertilizer was applied below the soil surface. Surface application of urea resulted in lesses of 83 to 91%; mixing urea with the top 2 cm of soil did not reduce the lesses or reduced in a maximum of 15%, whereas mixing it with the top 5 cm caused a reduction of up to 64%; placing all the fertilizer at a depth of 5 cm restricted the volatilization in up to 100%. The effect of mixing urea with the soil or deep placing it in the soil on volatilization lesses was more pronounced at the lower than at the higher rates and more evident in the Red-Yellow Podzolic soil than in the Red-Yellow Latosol, perhaps because of the higher CEC of the former. Ammonia concentrated in the upper 0-1 cm layer of the soil when urea was surface applied but a meaningful fraction diffused to a depth of up to 7 cm. Ammonia accumulated around the application zone when fertilizer was placed 5 cm deep but some of the ammonia reached the 0-1 cm layer. Soil pH in the layers where urea was applied increased from 6,9 to as high as 8.7. Ammonia concentration and pH of the soil decreased wi th the distance from the area of application and showed to be highly correlated. Most of the ammonia (61 to 92%) retained in the zone of urea placement was nitrified within nine weeks, unrespectively to rates and methods of application. In despite of the presence of ammonia and of the high pH values no nitrite accumulation was observed. After nitrification the pH decreased to values below those of the original soil.