O objetivo deste trabalhe foi estudar a degradação e persistência dos resíduos de fenitrotion (Sumithion 500 CE) em frutos e folhas de tomateiro estaqueado bem como no solo e na água de irrigação por sulcos. O experimento foi instalado em área representativa do Estado de São Paulo, localizada em Capivari-SP, quando as plantas tinham 90 dias após o transplante das mudas, e constou de quatro tratamentos (com três repetições): (1) uma aplicação de fenitrotion em dosagem simples, de 100 g i.a./100 litros de água, (2) uma aplicação em dosagem dobrada, de 200 g i.a./100 litros de água, (3) quatro aplicações espaçadas de sete dias, na dosagem simples e (4) testemunha. A aplicação nos tratamentos com apenas uma aplicação foi realizada no mesmo dia da última aplicação do tratamento 3. As amostras de frutos e folhas foram colhidas um dia antes da aplicação conjunta (-1) e ao zero, um, dois, três, cinco, sete e 14 dias após. As amostras de solo foram colhidas ao -1, zero, dois, cinco e 14 dias após a aplicação (DAA) e as de água, ao -1, um, três e sete DAA. Os valores de meia-vida de degradação de fenitrotion em frutos e folhas, foram: 1,6 a 1,9 e 0,7 a 0,8 dia, respectivamente, mostrando uma diminuição mais rápida dos resíduos em folhas, apesar do maior depósito ocorrido nestas. As meias-vida de persistência foram semelhantes para os dois substratos: 4,2 a 7,3 e 5,6 a 6,2 dias, respectivamente. Os resíduos encontrados nos frutos logo após a aplicação, foram menores que a tolerância oficial (0,5 ppm) para os tratamentos que utilizaram 100 g i.a./100 litros, em uma, ou quatro pulverizações espaçadas de sete dias. Uma única aplicação de 200 g i.a./100 litros resultou em resíduos menores que 0,5 ppm, desde um dia após aplicação. Foram detectados resíduos de fenitrotion no solo e água de irrigação por sulcos, mostrando que estes compartimentos do ambiente são contaminados, pela aplicação nas plantas.

The objectives of this work were to study the fenitrothion residues (Sumithion 500 CE) behaviour in fruits and leaves of staked tomatoes as well in the soil and irrigation water in trenches. The experiment was carried out in Capivari (SP) township, a traditional tomato production area, starting 90 days after transplantation and consisted of four treatments (with three replications each): (1) one application of fenitrothion in single dosage of 100 g a.i./1001 of water, (2) one application of fenitrothion in double dosage of 200 g a.i./1001 of water, (3) four applications of the simple dosage, spaced in time, each seven days and (4) the control. The application of treatments (1) and (2) was in the same day of the last application of treatment (3). Samples of fruits and leaves were collected one day before the concomitant application -1, zero, one, two, three, five, seven and 14 days after. Soil samples were collected at -1, zero, two, five and 14 days after application (DAA) and water at -1, one, three and seven DAA. The half-lives degradation values of fenitrothion in fruits and leaves, were: 1.6 to 1.9 and 0.7 to 0.8 day, respectively, showing a more rapid residual decrease in leaves despite of their higher deposit. The persistence half-lives were similar for both substracts: 4.2 to 7.3 and 5.6 to 6.2 days, respectively. The residues found in fruits just after application, were lower than the adopted legal tolerance (0.5 ppm) for the treatments which utilized 100 g a.i/1001, in one, or four application spaced each seven days. One application of 200 g a.i./1001 (treatment 2) resulted in residues lower than 0.5 ppm, one day after application. Fenitrothion residues were detected in the soil and irrigation water, showing that these compartments are contaminated due to the application on the plants.