Foram realizados testes de campo e laboratório com a espécie Iphimeis dives (Germar, 1824). Foram conduzidos testes com lâmpadas modelo F15T8, especificações R, G, DL, B e BLB, verificando-se não ocorrer atração dos adultos pela luz emitida pelas lâmpadas testadas, não sendo possível idealizar um método de controle, ou levantamento, a partir de armadilhas luminosas. No estudo de preferência por variedades foram utilizadas as variedades Moscatel Jd 11-14, IAC138 - 22, Seyve Villard 5276, Niágara e o porta-enxerto Rupestris du Lot, testados contra a variedade padrão, Seibel 2, utilizando-se discos de folhas. Não ocorre ataque desses crisomelídeos em plantas da variedade Niágara, sendo esta não preferida em relação às demais variedades e ao porta-enxerto testados, que sofrem sérios danos em sua folhagem. A determinação da viabilidade da fase de ovo, período de incubação, temperatura base e constante térmica para a fase de ovo foi realizada em câmaras climatizadas reguladas para 20°, 25°, 30° e 35°C, com fotoperíodo de 14 horas. A temperatura mais favorável foi de 25°C. A coleta de larvas foi realizada em sistema de coveamento nas linhas de plantio da videira, sendo a forma de distribuição determinada pelo Índice de Morisita. As larvas localizam-se, em geral, próximas às raízes da videira, e sua distribuição é agregada. Ensaios de controle químico foram conduzidos no campo sob condições de infestação natural e artificial, sendo no primeiro caso utilizados os produtos Thiodan, Folidol, Sevin, Decis e Ambush, destacando-se o Decis como mais eficientes, e no segundo ensaio testados os produtos Sevin, Decis, Thiodan, Malathion, Dimetoato, Ambush, Lorsban, Penncap e Gusathion, sendo que 4 horas após a aplicação o produto Gusathion apresentou maior eficiência. A determinação do dano indireto do ataque dos adultos em folhas de videira, sobre a redução de glicose dos cachos foi realizada em condições de campo, utilizando-se 4 níveis populacionais de adultos confinados sobre sarmentos de videira Seibel 2, verificando-se que o ataque à folhagem reflete sobre a perda de glicose nos cachos de uva, sendo esta perda independente dos níveis de infestação empregados, de 10 a 40 insetos por sarmento, mas podendo atingir níveis médios de redução de açúcares de 17 g/litro de mosto.

This research dels with the study of some bioecological aspects of Iphimeis dives (Germar, 1824) in field and laboratory conditions. Light attractiveness was tested by using fluorescent lamps, model F15T8, types R, G, DL, B and BLB. The grapevine varieties Moscatel Jd 11-14, IAC 138-22, Seyve Villard 5276, Niagara, and the stock for grafting Rupestris du Lot were tested for preference against the standard variety Seibel 2, by using leaf discs to feed the insects. The viability of the egg stage, threshold temperature and thermal requirements were determined in climatic chambers regulated at 20°, 25°, 30°, and 35°C, and a 14-hour photoperiod. The larvae were collected by digging the soil at random in the lines of the grape plants, from March to July 1982, and the distribution was determined by the Morisita Index. Experiments of chemical control were done in natural infestations (Thiodan, Folidol, Sevin, Decis, and Ambush) and in artificial infestations (Sevin, Decis, Thiodan, Malathion, Dimetoato, Ambush, Lorsban, Penncap and Gusathion). The determination of the indirect damage resultant from the attack of I. dives adults on the leaves (glucose reduction in the bunches) was evaluated by setting 4 levels of infestation of adults confined in cages on the sarmenta of the variety Seibel 2. The results indicated that: the adults are not attracted by the light of the different lamps tested; the adults do not attack plants of the variety Niagara, which is non preferred when compared to the varieties Seibel 2, Seyve Villard 5276, IAC 138-22, Moscatel Jd 11-14 and the stock for grafting Rupestris du Lot, which are seriously damaged; the most favorable temperature range to the egg stage is between 20° and 25°C; as to the larval stage the most favorable temperature is 25° and from 30°C on their occurs a fall in the percentage of hatching; the larvae in the soil are distributed in variable depths, generally in the surroundings of the roots, with a high number of larvae per unity of area of area in the crop; the chemical control seems to be the most efficient one for obtaining the reduction of the glucose in the bunches, regardless of the level of infestation (10 to 40 insects per sarmentum), reaching levels of glucose reduction higher than 17 g per liter of grape juice.