Desde janeiro de 1999, com a adoção do regime de câmbio flutuante no Brasil, a volatilidade da taxa de câmbio vem aumentando significativamente, superando inclusive, a volatilidade da taxa de juros e da inflação. Este estudo analisou os efeitos que as flutuações da taxa de câmbio tem no preço das ações de uma amostra de 65 companhias não-financeiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo de 1999 a 2003. Para tanto, foram realizadas regressões lineares entre o retorno dos ativos, o retorno do mercado e as variações da taxa de câmbio. Os resultados indicam que 44,62% das companhias analisadas tem seus retornos afetados pelas variações da taxa de câmbio. Quanto aos fatores que determinam a exposição ao risco de câmbio, os resultados indicam que o nível de exportação, importações e o resultado financeiro das variações cambiais são os principais fatores explicativos da exposição ao risco de câmbio. O endividamento em moeda estrangeira, que aparentemente seria um fator de exposição, não se mostrou relevante para explicar a exposição ao risco de câmbio. O uso de instrumentos de hedge estaria reduzindo tal exposição ao câmbio

Since January of 1999, with the adoption of the regimen of floating exchange rate in Brazil, the volatility of the exchange rate has been increasing significantly, also surpassing the volatility of interest rates and inflation. This study analyzcs the effects of exchange rate movements on stock returns in a sample of 65 non-financials companies listed in the Stock Exchange of São Paulo between January 1999 and December 2003. Therefore, times series regressions of stock returns on market return and movements in the exchange rates are carried out. The results indicate that 44.62% of the companies have its returns affected by the variations of the exchange rates. In spite of the determinants of economic exposure, the results indicate that the level of exports, imports and the financial result of the exchange rate variations are the main explanatory factors of the exposure. Apparently, foreign debt level would be an exposure factor, but results shown no relevance. The use of instruments of hedge would be reducing exchange rate exposure