O envelhecimento da população é um fenômeno que atinge todos os países. Particularmente o Brasil, estima-se será a 6ª Nação com maior número de pessoas idosas em todo o mundo no final de 2025, ou seja, terá aproximadamente uma população de 32 milhões dentro desta faixa etária. O índice de motorização para motoristas de terceira idade, adotado internacionalmente, é de 12% do total de motoristas. É um índice alto para os atuais padrões brasileiros, mas em se persistindo o modelo atual da política de transportes, este valor logo será superado. Apesar de movimentos pontuais e localizados, em favor da dignificação da pessoa idosa, o Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento, recomendada pela ONU, em 1982, só teve seu rebatimento no Brasil em 1994, na forma da Lei nº 8842. Os acidentes com idosos são indicadores de que houve mudanças na suas medidas antropométricas, na sua mobilidade e nas características biomecânicas, levando-os a um ajuste pobre aos produtos e ao ambiente. A via, visto como um equipamento de uso social, é palco de desejos e conflitos. A identificação das situações não amigáveis aos motoristas de terceira idade é importante para proposições de melhorias nas condições de mobilidade desta população. Além da pesquisa bibliográfica foi desenvolvida uma pesquisa de campo, qualitativa, junto aos motoristas de terceira idade no Município de São Paulo. Compreender o universo do motorista idoso, preservando a sua liberdade e identidade é|resgatar a sua cidadania, integrando-o à sociedade como personagem atuante.

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