A dissertação tem por objeto de estudo as relações estabelecidas entre arquitetura, urbanismo e tecnologia em São Paulo de 1934 a 1957, à luz da modernização físico-espacial da região central da cidade naqueles anos. A partir da análise de transformações mais amplas ocorridas na construção civil, - que incluem o estabelecimento do concreto armado como modalidade construtiva predominante, a consolidação da indústria de cimento no país e a organização do setor em bases empresariais - efetua-se uma leitura das mudanças ocorridas na fisionomia urbana paulistana cujo traço mais emblemático foi a verticalização e o estabelecimento do 'arranha-céu' como forma de representação do progresso da economia local. Para atender à solicitação dos agentes econômicos envolvidos na realização de grandes edifícios e aos complexos desafios técnicos da construção em altura, à semelhança do ocorrido nas metrópoles americanas, o Art Déco foi utilizado pelos projetistas locais como vertente de investigação formal. Racionalização dos processos construtivos, eliminação de ornamentos e linha compositivas geométricas combinavam-se aos princípios de eficiência e produtividade buscados pela indústria que, em São Paulo, crescia e diversificava-se em ritmo acelerado. As cidades norte-americanas, elementos cruciais no processo de acumulação capitalista naquele país, tornaram-se, assim, fonte de inspiração para a prática arquitetônica e urbanística paulistana, no período aqui focalizado,|contribuindo para a caracterização física do centro da cidade