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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.17.2008.tde-08042015-125304
Document
Auteur
Nom complet
Bruno Ramalho de Carvalho
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
Ribeirão Preto, 2008
Directeur
Jury
Silva, Ana Carolina Japur de Sá Rosa e (Président)
Ferriani, Rui Alberto
Petta, Carlos Alberto
Titre en portugais
Influência da endometriose sobre a resposta ovariana em ciclos de reprodução assistida: provável associação com prejuízo do desenvolvimento folicular, mas não do pool de reserva
Mots-clés en portugais
Endometriose
Reprodução Assistida
Reserva Ovariana
Resumé en portugais
Introdução: A avaliação da reserva ovariana em reprodução assistida (RA) busca identificar mulheres em que a exaustão folicular determine as dificuldades reprodutivas. Além da idade, a presença de causas outras de subfertilidade, como a endometriose (EDT), implica interferências negativas potenciais sobre a resposta ovariana. Objetivo: Avaliar a reserva folicular ovariana de mulheres subférteis portadoras de endometriose e determinar o melhor preditor de má resposta em RA. Métodos: Foram analisados 87 ciclos de RA em mulheres com idade inferior a 40 anos, ciclos menstruais regulares, sem patologias endócrinas e com ambos os ovários, sendo 30 ciclos em portadoras de EDT (casos) e 57 ciclos em mulheres subférteis por fator masculino exclusivo (controles). A reserva ovariana foi inferida pelas dosagens basais dos hormônios anti-mülleriano (AMH) e folículo estimulante (FSH), a contagem de folículos antrais pequenos (CFA) e a medida do volume ovariano médio (VOM). Curvas Receiver Operating Characteristic (ROC AUC) foram traçadas para avaliação da capacidade discriminatória de cada teste em identificar má resposta. Resultados: Pacientes com EDT apresentaram FSH basal significativamente maior em relação aos controles (9,13 ± 5,09 mUI/mL vs. 6,28 ± 2,45 mUI/mL; p < 0,05), sem diferenças para AMH, CFA e VOM. O número total de oócitos aspirados foi menor na EDT em relação aos controles (5,33 ± 3,43 vs. 8,28 ± 5,8; p < 0,05) e correlacionou-se significativamente com o AMH em ambos os grupos (EDT: r = 0,61; Controles: r = 0,58; p<0,0001). O FSH basal apresentou correlação significativa com o total de oócitos aspirados apenas na EDT (r = -0,48; p<0,01); também na EDT, o AMH basal foi o marcador individual com melhor potencial discriminatório para má resposta (AUC = 0,875), seguido de FSH basal (AUC = 0,682) e VOM (AUC = 0,665), enquanto no grupo controle, o AMH foi o melhor marcador (AUC = 0,8372), seguido do VOM (AUC = 0,709) e da CFA (AUC = 0,686). Conclusões: O FSH basal está significativamente maior nas pacientes subférteis com EDT e correlaciona-se com a resposta em RA apenas nas portadoras da doença. Já o AMH basal, é o marcador com o melhor potencial discriminatório de má resposta, independentemente da presença da endometriose. CFA e VOM não se apresentaram como bons preditores de má resposta. Sendo assim, a associação entre endometriose e subfertilidade deve estar vinculada a alterações do crescimento/desenvolvimento do folículo ovariano e não a prejuízos sobre a reserva folicular gonadal propriamente dita.
Titre en anglais
Endometriosis influence on ovarian response in assisted reproduction cycles: probable association with damage to follicular development, but not to follicular reserve.
Mots-clés en anglais
Assisted Reproduction
Endometriosis
Ovarian Reserve
Resumé en anglais
Introduction: Ovarian reserve evaluation in assisted reproduction (AR) aims to identify women in whom follicular exhaustion determines reproductive difficulties. More than age, the presence of other subfertility factors, such as endometriosis (EDT), implies potential negative interference on ovarian response. Objective: To evaluate follicular ovarian reserve in subfertile patients with endometriosis and determine the best predictor of poor response in AR. Methods: We evaluated 87 AR cycles of women presenting with less than 40 years of age, regular menses, no endocrine diseases and with both ovaries, divided in 30 EDT cycles (cases) and 57 cycles in women with subfertility associated to male factor (controls). Ovarian reserve was determined based on basal levels of anti-müllerian hormone (AMH) and follicle- stimulating hormone (FSH), small antral follicle count (AFC) and medium ovarian volume (MOV). Receiver Operating Characteristic curves (ROC AUC) were obtained for evaluation of discriminatory capacity of each test in identifying poor response. Results: EDT patients presented significantly higher basal FSH levels when compared to controls (9,13 ± 5,09 mUI/mL vs. 6,28 ± 2,45 mUI/mL; p < 0,05) and there were no differences in AMH, AFC and MOV between groups. The total number of oocytes retrieved was lower in endometriosis when compared to controls (5,33 ± 3,43 vs. 8,28 ± 5,8; p < 0,05) and significantly correlated with AMH in both groups (EDT: r = 0,61; Control: r = 0,58; p<0,0001). Basal FSH presented significant correlation with the number of oocytes retrieved only among EDT patients (r = - 0,48; p<0,01); in EDT patients, either, basal AMH was the individual marker with the best discriminatory potential for poor responders identification (AUC = 0,875), followed by basal FSH (AUC = 0,682) and MOV (AUC = 0,665), whereas among controls, AMH was the best marker (AUC = 0,8372), followed by MOV (AUC = 0,709) and AFC (AUC = 0,686). Conclusions: Basal FSH is significantly higher in subfertile patients with endometriosis and correlates with ovarian response in AR among these patients. Basal AMH, by the way, is the individual marker with the best discriminatory potential in determining poor response, which is not dependent on endometriosis presence. AFC and MOV did not presented as good predictors of poor response. The association between endometriosis and subfertility, therefore, may be linked to prejudice to growth/development of the ovarian follicle, but not to damage to the real ovarian follicular reserve.
 
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Date de Publication
2015-06-09
 
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  • CARVALHO, B. R., et al. Anti-müllerian hormone is the best predictor of poor response in ICSI cycles of patients with endometriosis. Clinical and Experimental Obstetrics & Gynecology, 2011, vol. 38, p. 119-122.
  • CARVALHO, B. R., et al. Increased basal FSH levels as predictors of low-quality follicles in infertile women with endometriosis [doi:10.1016/j.ijgo.2010.03.033]. International Journal of Gynecology & Obstetrics [online], 2010, vol. 110, n. 3, p. 208-212.
  • CARVALHO, B. R., et al. Marcadores da reserva e variáveis da resposta ovariana à estimulação gonadotrófica como preditores da implantação embrionária em ciclos de ICSI. Jornal Brasileiro de Reprodução Assistida, 2009, vol. 13, p. 26-29.
  • CARVALHO, B. R., et al. Ovarian reserve evaluation : state of the art [doi:10.1007/s10815-008-9241-2]. Journal of Assisted Reproduction and Genetics [online], 2008, vol. 25, n. 7, p. 311-322.
  • CARVALHO, B. R., et al. Uso dos marcadores endócrinos da reserva ovariana em reprodução assistida. Reprodução & Climatério, 2009, vol. 24, p. 7-12.
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