Introdução: O Tromboembolismo Venoso (TEV) é a terceira mais comum doença cardiovascular, complicação comum durante a internação e a principal causa de óbito evitável em pacientes internados. Sua profilaxia é a principal estratégia de combate a complicações e apesar de guidelines bem estabelecidos na literatura, a profilaxia do TEV ainda é subutilizada. Estudos apontam taxa de inadequação da profilaxia próximas de 50% mundialmente. Objetivos: Avaliar a taxa de adequação da estratificação de risco e da taxa de adequação da profilaxia para TEV em um hospital universitário, além de propor métodos para implementação de melhorias. Método: Estudo transversal observacional realizado através da coleta de dados em prontuário. Avaliou-se a taxa de inadequação da estratificação de risco realizada pelo médico assistente com a estratificação realizada pelo médico pesquisador e a taxa de adequação da profilaxia para TEV prescrita pelo médico assistente com a sugerida pela diretriz brasileira da SBACV. Resultados: A taxa global de inadequação da estratificação de risco foi de 49,3%, no grupo cirúrgico de 60,9% e no grupo clínico de 40,7%. Já a taxa global da inadequação da profilaxia foi de 28,5%, no grupo cirúrgico de 21,9% e no grupo clínico de 33,3%. Conclusão: As taxas de adequação da estratificação de risco foram baixas, demonstrando uma baixa conscientização dos médicos prescritores sobre a necessidade de estratificação adequada para a prescrição da profilaxia. No entanto, as taxas de inadequação da prescrição da profilaxia estão abaixo de dados globais, demonstrando eficácia de recursos da instituição. Foco em estratégias de conscientização dos médicos prescritores e equipe multidisciplinar na importância da estratificação adequada para a profilaxia correta podem melhorar ainda mais as taxas de adequação da profilaxia na instituição.

Introduction: Venous Thromboembolism (VTE) is the third most common cardiovascular disease, a common complication during hospitalization and the main cause of preventable death in hospitalized patients. Its prophylaxis is the main strategy to combat complications and despite well-established guidelines in the literature, VTE prophylaxis is still underused. Studies show an inadequate prophylaxis rate close to 50% worldwide. Objectives: To assess the adequacy rate of risk stratification and the adequacy rate of VTE prophylaxis in a university hospital, in addition to proposing methods for implementing improvements. Method: Cross-sectional observational study carried out by collecting data from medical records. The inadequacy rate of the risk stratification performed by the assistant physician was evaluated with the stratification performed by the researcher physician, and the adequacy rate of the VTE prophylaxis prescribed by the assistant physician with that suggested by the Brazilian guideline of the SBACV. Results: The overall rate of inadequate risk stratification was 49.3%, 60.9% in the surgical group and 40.7% in the clinical group. The overall rate of inadequate prophylaxis was 28.5%, 21.9% in the surgical group and 33.3% in the clinical group. Conclusion: Risk stratification adequacy rates are low, demonstrating a low awareness of prescribing physicians about the need for adequate stratification for the prescription of prophylaxis. However, the inadequacy rates of prophylaxis prescription are below global data, demonstrating the effectiveness of the institution's resources. Focusing on awareness strategies for prescribing physicians and a multidisciplinary team on the importance of adequate stratification for correct prophylaxis can further improve the rates of adequacy of prophylaxis in the institution.