Os problemas de partida a frio em motores movidos a etanol estão diretamente relacionados à baixa formação de vapores até o instante da liberação da centelha. Vários fatores influenciam esta baixa vaporização. Pelo estudo de parte da bibliografia publicada nos últimos 20 anos, verificou-se que o calor latente de vaporização do combustível é o fator mais importante no processo. A partir desta constatação, foi desenvolvido um modelo que prevê a fração de combustível vaporizado instantaneamente no interior do cilindro, a partir do conhecimento das diferenças de pressões observadas entre as condições de mistura formada apenas por ar, e mistura formada por ar e combustível. Foi também realizada a modelagem e simulação do processo de compressão de ar, considerando-se perdas de calor e massa dos gases contidos no interior do cilindro. As medições realizadas para uma temperatura ambiente de 15ºC indicaram que a fração de combustível vaporizado no interior do cilindro era insuficiente para a ignição da mistura, resultado comprovado no laboratório e previsto com bastante precisão pela simulação do processo. Como meio de realizar testes a baixas temperaturas, uma bancada experimental e câmara climatizada foram projetadas, para possibilitar testes de partida a frio para temperaturas de até - 10ºC

Cold start problems in ethanol fueled engines are directly related to the low formation of vapors at the instant of the spark liberation. Several factorsinfluence this lower vaporization. Even so, for the study ofthe bibliography published in the last 20 years, it was verified that the latent heat of vaporization of the fuel is the most important factor in the process. From this verification, a model was developed which predicts the fraction of fuel vaporized instantly inside the cylinder, from the given differences in pressures observed among the mixture conditions just formed by air and by air and fuel. It was also modeled and simulated the process of air compression, being considered the heat and mass losses by the gases contained inside the cylinder. The mensurations accomplished for an ambient temperature of 15°C indicated that the fraction of vaporized fuel inside the cylinder was insufficient for the ignition of the mixture, result checked in the laboratory and predicted with precision by the simulation of the process. To accomplish tests under low temperatures, an experimental apparatus and an acclimatized chamber was projected, in order to facilitate cold start tests in temperatures up to -10°C.