Os objetivos deste estudo foram investigar a taxa de movimentação ortodôntica intrusiva (MOI) durante intrusão total da maxila utilizando os mini-implantes e avaliar tridimensionalmente alterações de inclinações dentárias, da morfologia radicular, e o impacto da dor após micro-osteoperfurações (MOPs). Mediante ao cálculo amostral foram selecionados 24 participantes com sorriso gengival por excesso vertical da maxila e alocados de forma aleatória em dois grupos iguais. Grupo 1 (intervenção) em que foram feitas as MOPs entre cada dente superior na altura do ápice radicular e o Grupo 2 (controle) que não foram submetidos ao procedimento de MOPs. A mesma mecânica ortodôntica de intrusão total dos dentes superiores foi conduzida para todos os participantes utilizando 4 mini-implantes e uma barra transpalatina modificada. Foram aplicados questionários de dor (VAS) nos períodos avaliados de 24 horas, 7 dias e 28 dias em 3 momentos diferentes do tratamento. Tomografias computadorizadas de feixe cônico (CTFC) antes da movimentação de intrusão do arco superior (T1) e após movimento intrusivo (T2) foram comparadas e interpretadas por meio da sobreposição pelo método voxel-based, utilizando os programas de imagens de código aberto ITK-SNAP e 3DSlicer. Os valores médios das multivariáveis foram comparados entre os grupos e por região (anterior e posterior) por meio do teste estatístico Manova, com nível de significância de 5%. As diferenças na escala VAS foram determinadas usando a análise de EEG com distribuição de Poisson. Resultados: não houve diferença estatística significante entre os grupos para taxa de movimentação ortodôntica intrusiva, quantidade de intrusão, inclinação dentária e reabsorção radicular (p>0,05). O tempo médio de tratamento intrusivo foi de 10,9 meses (±1,6). A quantidade média de intrusão anterior foi de 4,29 mm (±1,41) e posterior foi de 3 mm (±0,78). A taxa de MOI anterior foi de 0,4 mm/mês (±0,13) e posterior foi de 0,28 mm/mês (±0,1). A inclinação vestibular média dos dentes anteriores foi de 13,25° (±5,14). A média de reabsorção radicular dos dentes anteriores foi de 1,54 mm (±0,69) e dos posteriores foi de 0,89 mm (±0,37). Houve diferença estatística significativa entre os grupos em relação a dor (p<0,05). Conclusões: as MOPs não foram efetivas em acelerar o movimento ortodôntico de intrusão e também não interferiram na magnitude de intrusão, na inclinação dentária e na morfologia radicular. O movimento de intrusão total da maxila estudada provocou inclinação vestibular e reabsorção radicular nos dentes anteriores. As MOPs causaram dor moderada.

The objectives of the study were to investigate the rate of intrusive orthodontic movement during the non-surgical treatment of gummy smile with mini-screws and evaluate three-dimensional changes in dental inclinations, root morphology, and pain perception after micro-osteoperforations (MOPs). Twenty-four participants with gummy smile due to vertical maxillary excess were selected and randomly allocated into two equal groups. Group 1 (experimental) in which MOPs were performed between each upper tooth at the root apex level every 28 days and group 2 (control) in which participants were not submitted to the MOPs procedure. The same orthodontic mechanic of total intrusion of the maxillary teeth was conducted for all participants using 4 mini-screws and a modified transpalatal arch. Pain related was measured using a visual analog scale (VAS) during the intervention at 3 different times: 24 hours, 7 days and 28 days, differences in the VAS scores were determined using EEG analysis with Poisson distribution. Cone-beam computed tomography (CBCT) scans of the maxillary were taken at pre-intrusion movement of the upper arch and post-intrusion. 3D virtual models were obtained and superimposed using automated voxel-based registration. The rate of tooth movement, the variations in dental inclination and root resorption resulting from the intrusion movement were calculated, described the values in each region anterior and posterior and compared the measures between the groups using multivariate analysis of variance MANOVA. Results: No statistically significant difference was found between groups in the rate of intrusive orthodontic movement, intrusion amount, dental inclination, and root resorption (p>0.05). Mean intrusion time was 10.9 months (±1.6). The mean amount of anterior intrusion was 4.29 mm (±1.41), and the posterior was 3 mm (±0.78). The rate of intrusive orthodontic movement was 0.4 mm/month (±0.13) anterior, and posterior 0.28 mm/month (±0.1). Dental buccal inclination of 13.25° (±5.14). Mean root resorption of 1.54 mm (±0.69) and 0.89 mm (±0.37) anterior and posterior, respectively. There was a statistically significant difference between groups for pain score (p<0.05). Conclusions: MOPs were not effective in accelerating intrusive orthodontic movement and did not interfere with intrusion magnitude, dental inclination, and apical root resorption. Total maxillary intrusion induced buccal inclination changes and root resorption of anterior teeth. MOPs caused moderate pain.