Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.27.2018.tde-12072018-163542
Documento
Autor
Nome completo
Claudia Rodriguez Ponga Linares
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2018
Orientador
Banca examinadora
Andrade, Mario Celso Ramiro de (Presidente)
Buti, Marco Francesco
Cesarino, Pedro de Niemeyer
Oliveira, Erick Felinto de
Oliveira, Mirtes Cristina Marins de
Título em português
Pequeno tratado sobre arte & magia
Palavras-chave em português
Animismo
Arte
Curadoria
Estética
Magia
Resumo em português
Este trabalho se propõe como um breve tratado sobre as relações entre os discursos vigentes da arte contemporânea e o pensamento mágico ocidental. No cruzamento entre o ensaio poético, a antropologia da arte, a estética e a bruxaria, desenha-se um círculo no qual se desenvolve a pesquisa sob o signo da "besta" acadêmica: a interdisciplinaridade. A partir disso, estudam-se uma série de projetos curatoriais recentes que lidam com magia, ocultismo, xamanismo ou animismo, prestando atenção aos preconceitos que se manifestam em alguns desses discursos curatoriais. Entretece-se esta reflexão com referências históricas que servem de marco explicativo para a queda em desgraça do pensamento mágico ocidental e, junto com ele, do status da imaginação e da imagem como formas de conhecimento. Uma vez definida a situação em que ficou esta tradição depois de sucessivas campanhas de desprestígio, introduzem- -se uma série de figuras que serviram depois à construção de uma nova (mas talvez sobretudo velha) teoria mágico-estética. Seguindo a esteira de pensadores contemporâneos ligados ao realismo especulativo e à ontologia objetual, o trabalho se reconecta com uma esquecida tradição mágico-estética (ocidental) não isenta de uma dimensão mítica e animista (ou vitalista, se se prefere). Faz-se questão de colocar a "palavra do artista" no mesmo nível que a "palavra do filósofo", mas evitando converter os artistas citados em objeto de pesquisa. O trabalho defende que existam - apesar dos séculos em que a elite intelectual ocidental vem predicando contra a possibilidade de uma ontologia mágico-estética - indíviduos e coletivos que desenvolvem sua atividade à margem dos preconceitos dicotômicos que hoje alguns pensadores acadêmicos de vanguarda se empenham, não sem dificuldades, em transcender. Nesse sentido, o trabalho argumenta que muitos artistas eram já materialistas vibrantes e realistas especulativos antes da valorização, em voga hoje, dessas correntes filosóficas.
Título em inglês
-
Palavras-chave em inglês
Aesthetics
Art
Curating Animism
Magic
Resumo em inglês
This work intends to be a brief treatise on the relations between contemporary art and western magical thinking. At the crossroads between poetic essay, anthropology of art, aesthetics and witchcraft, a circle is drawn under the sign of the academic "beast": interdisciplinarity. From this point of departure, we study a series of recent curatorial projects that deal with magic, occultism, shamanism or animism, paying close attention to the prejudices that surface in some of these curatorial discourses. This reflection is intertwined with historical references that serve as an explanatory framework for the fall of western magical thinking and, along with it, the loss of status of both imagination and image as respected sources of knowledge. After having defined the state of neglect this (magical) tradition was left in after successive smear campaigns, we introduce a series of figures that will serve to construct a new (but perhaps rather ancient) magical-aesthetic theory. Following the trail of contemporary thinkers linked to speculative realism and object-oriented ontology, the work reconnects with a forgotten magical-aesthetic (western) tradition with a mythical and animistic (or vitalist, if you prefer) dimension. We also emphasize the importance of put-ting the "artist's word" on the same level as the "philosopher's word", whilst at the same time carefully avoiding to turn the cited artists into an object of study. We claim that - in spite of the centuries in which the Western intellectual elite has been preaching against the possibility of a magical-aesthetic ontology - there are individuals and groups that are active in the margins of the dichotomous prejudices that today some avant-garde academic thinkers are trying to transcend with much difficulty. In this sense, the work argues that many artists were already vibrant materialists and speculative realists much before the new on-to-materialistic philosophical currents which are very much in vogue nowadays.
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Data de Publicação
2018-07-13