O estudo teve como objetivo investigar, a partir de uma perspectiva de processo adaptativo em aprendizagem motora, o efeito da liberdade na escolha da resposta em diferentes momentos do processo de estabilização. A possibilidade de escolher a ordem dos componentes que compõem uma seqüência de movimentos (liberdade na escolha da resposta) tem se mostrado benéfica à aquisição de habilidades motoras. Contudo, o efeito da liberdade na escolha da resposta pode ser mediado pelo processo de estabilização funcional. Para investigar esta hipótese, 135 voluntários com média de idade de 22 (± 4,1) anos, de ambos os sexos, foram alocados a nove grupos experimentais, derivados da combinação de três condições experimentais (SEM, MED e ALT) e dois momentos da estabilização (antes e após a estabilização inicial do desempenho). A liberdade na escolha da resposta foi operacionalizada neste estudo como a possibilidade de escolher a ordem de uma seqüência de toques em sensores, em uma tarefa complexa de timing coincidente. Os resultados mostraram que não houve efeito da condição experimental do início da prática no desempenho na fase de adaptação, porém condições intermediárias de liberdade de escolha no final da prática não apresentaram queda na consistência frente à modificação da tarefa. Nesse sentido, a liberdade na escolha da resposta não trouxe prejuízos à adaptação

The objective of the study was to investigate, from an adaptive process perspective on motor learning, the effect of freedom in response choice in different moments of the stabilization process. The possibility of choosing the order of the components which generate a movement sequence (freedom in response choice) has been shown as beneficial to motor skills acquisition. However, the effect of freedom in response choice could be mediated by the process of functional stabilization. To investigate the hypothesis, a hundred thirty-five volunteers with mean age of 22 (± 4,1) years were assigned to nine experimental groups, derived from the combination of three experimental conditions (SEM, MED and ALT) and two moments of stabilization (before and after initial performance stabilization). Freedom in response choice was manipulated in this study as the possibility of choosing the order of tapping a sequence of sensors, in a complex anticipation timing task. Results showed there was no effect of experimental condition in the beginning of practice in performance in adaptation phase, although intermediate conditions of freddom of choice didnt show decrease in consistency following task modification. In this sense, freedom in response choice wasnt detrimental to adaptation