Bignonia magnifica W. Bull (Bignoniaceae) é uma liana nativa da Colômbia, conhecida por seu apelo ornamental. Este estudo visou desvendar sua composição química, entender suas adaptações ecológicas e explorar o potencial biotecnológico de seus fungos endofíticos. O capítulo inicial aborda a diversidade química de flavonoides em Bignonieae, tribo a qual pertence a espécie estudada. Posteriormente, são investigados os produtos naturais produzidos por Bignonia magnifica. Técnicas analíticas revelam a predominância de flavonoides metoxilados e n-alcanos nas ceras epicuticulares, além da identificação de compostos fenólicos, flavonoides glicosilados e iridoides no material macerado. Uma análise comparativa examinou B. magnifica em jardins ornamentais versus ambientes não ornamentais na paisagem tropical australiana. Enquanto as ceras cuticulares permanecem consistentes, as plantas não ornamentais exibem um acúmulo significativo de verbascosídeo, mostrando o investimento da planta na acumulação desse metabólito no novo ambiente. Por fim, de B. magnifica foram isolados 80 fungos endofíticos, com uma cepa, #888, se destacando devido ao seu potencial citotóxico. Dessa cepa, a substância diaphortein B exibe notável citotoxicidade contra as linhagens celulares HCT116 e CaCo-2, sugerindo seu potencial em estudos futuros de terapia do câncer. Juntas, essas pesquisas abrangem a variedade química do B. magnifica. Elas revelam suas complexidades químicas, destacam sua adaptabilidade a diferentes ambientes e identificam agentes citotóxicos em seus endofíticos. Essas descobertas destacam a importância da planta em contextos ecológicos e seu potencial em biotecnologia.

Bignonia magnifica W. Bull (Bignoniaceae) is a native Colombian liana renowned for its ornamental significance. This study aims to explore its chemical composition, understand its ecological adaptations, and investigate the biotechnological potential of its endophytic fungi. The initial chapter describes the chemical diversity of flavonoids found in Bignonieae, the tribe in which the studied species is classified. Subsequently, the natural products of B. magnifica are investigated. Analytical techniques revealed a predominance of methoxylated flavonoids and n-alkanes in the epicuticular waxes. Phenolic compounds, glycosylated flavonoids, and iridoids were identified in the macerated material. A comparative analysis was carried out examining B. magnifica in ornamental gardens versus non-ornamental environments in the Australian tropical landscape. While cuticular waxes remained consistent, non-ornamental plants exhibited a significant accumulation of verbascoside, indicating the investment of the plant in the accumulation of this compound in the new environment. Finally, 80 endophytic fungi were isolated from B. magnifica, and the cytotoxic potential was highlighted for strain #888. Diaphortein B from this fungus showed notable cytotoxicity against HCT116 and CaCo-2 cell lines, suggesting a need for more in depth studies in cancer therapy. The comprehensive set of these studies demonstrated the chemical diversity of B. magnifica, unveiling its chemical intricacies, highlighting its adaptability to different environments, and identifying cytotoxic agents within its endophytes. These findings underscore the plant's importance in both ecological contexts and its potential in biotechnology.