Os Modelos de Equações Estruturais vêm sendo cada vez mais usados em situações pr'sticas como forma de confirmar modelos teóricos de eventos estudados. Nos Estados Unidos, a técnica se apresenta bastante disseminada, ao contrário do que acontece no Brasil, onde estas equações passaram a ser usadas mais recentemente. Como a utilização de modelos estruturais envolve uma certa quantidade de subjetividade, é importante que seus aspectos teóricos não subjetivos estejam bem fundamentados. Um dos principais pontos que definem as equaçòes estruturais são as relaçòes causais entre as variáveis cuja direção muitas vezes é ou precisa ser especificada de forma subjetiva, com base apenas em conhecimentos do pesquisador sobre o assunto estudado. Além disso, os pesquisadores que trabalham com Modelos de Equaçòes Estruturais carregam consigo um viés da Análise Fatorial, que é um tipo de modelo estrutural: o constructo sempre sendo a causa da variável observada. Diante disso, o objetivo deste texto foi, acima de tudo, estudar a direção causal em equações estruturais, dando ênfase à variável observada que causa o constructo latente, comumente chamada de indicador formativo. A motivação foi a escassez da literatura estatística específica sobre o assunto e principalmente o possível uso amplamente disseminado da direção causal especificada incorretamente, visto que na grande maioria dos casos a direção especificada da cusa é sempre do constructo para o indicador. Tentamos então fazer um apanhado geral desta escassa literatura e ainda obter dados sobre os efeitos da especificação incorreta da direção causal por meio de simulações.

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