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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.47.2024.tde-10072024-165646
Documento
Autor
Nome completo
Juliana e Silva de Oliveira
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2024
Orientador
Banca examinadora
Kupermann, Daniel (Presidente)
Arreguy, Marília Etienne
Brancaleoni, Ana Paula Leivar
Lima, Ângelo Giuseppe Xavier
Méllo, Ricardo Pimentel
Título em português
Os desmentidos sociais e institucionais do tráfico de drogas no sertão paraibano: uma escuta possível?  
Palavras-chave em português
Desmentido social e institucional
Jovens
Tráfico de drogas
Trauma
Resumo em português
Este trabalho tem como objetivo compreender, através da perspectiva ferencziana do trauma, os desmentidos sociais e institucionais, com base nas discussões de Kupermann (2019), Gondar (2012), Canavéz e Vertzman (2021), que atravessam os jovens inseridos no tráfico de drogas, a partir da realidade do contexto nordestino. Tomemos por referência o aspecto relacional e intersubjetivo do traumático, refletindo a importância na constituição subjetiva dos sujeitos e do próprio laço social (Ferenczi, 1931). A maioria destes jovens cresce em um ambiente de violência social cotidiana e ainda de uma violência da indiferença, em que suas falas e suas verdades não são reconhecidas nas configurações sociais e institucionais e, após a inserção no tráfico, dada a dimensão da ilegalidade, da agressividade cotidiana, da guerra, esses sujeitos encontram cada vez mais resistência com a escuta de seus testemunhos. O Estado (instituições educacionais, de saúde, de assistência social), que deveria proteger, por vezes, comete o desmentido de forma violenta, através do silenciamento e muitas vezes da agressão, por exemplo, por parte de agentes de segurança pública. A tentativa de compreensão do real ocorre a partir da narrativa inserida em uma realidade histórica e socialmente determinada. A fim de escutar a fala destes sujeitos, na tentativa de investigar os desmentidos sociais e institucionais, realizamos quatro entrevistas semi-dirigidas com cada um dos cinco jovens participantes desta pesquisa, que tinham histórico de envolvimento com tráfico de drogas e que estavam cumprindo medida socioeducativa de internação em um Centro Educacional localizado no sertão nordestino. As entrevistas foram discutidas e interpretadas por meio da Análise Interpretativa de Erickson (1989), a partir da teoria psicanalítica da traumatogênese ferencziana. O processo de análise permitiu a construção de cinco asserções: a vivência do traumático nas histórias de vida, através do desamparo familiar e social, atravessa o envolvimento com atos infracionais, ocasionando danos psíquicos que por vezes não encontram um espaço representacional; o Centro Educacional (a institucionalização) proporciona novas possibilidades à proteção, mas a partir de uma relação que desautoriza, que desmente - uma proteção/um amparo com a grade; o processo de clivagem narcísica e a identificação com agressor (o deslocamento entre vítima e agressor) gera a tendência à repetição do comportamento violento e reatualiza o desmentido social traumático no contexto de guerra do tráfico de drogas; os efeitos do traumático atravessam a construção de novos vínculos, a partir da não disponibilidade para novas relações de amizade; não há um espaço de escuta, de representação dos conteúdos psíquicos e da vivência dos desmentidos, a não ser na própria introspecção papel da música/arte. À exceção dos espaços de exploração sensacionalista da mídia, ou ainda dos de atravessamento de discursos médico, psiquiátrico/psicológico e jurídico da criminalidade, verifica-se que existe uma resistência social em escutar as narrativas dos jovens inseridos no tráfico de drogas. No entanto, essa escuta é necessária, visto que o tráfico de drogas faz parte de nossa tessitura social em diversas esferas.
Título em inglês
The social and institutional denials of drug trafficking will not be Paraibano: a possible escuta?
Palavras-chave em inglês
Drug trafficking
Social and institutional denial
Trauma
Youth
Resumo em inglês
This work aims to understand, through the Ferenczian perspective of trauma, the social and institutional denials, based on the discussions of Kupermann (2019), Gondar (2012), Canavéz and Vertzman (2021), that young people inserted into trafficking drugs, from the reality of the northeastern context. Let us take by reference the relational and intersubjective aspect of trauma, reflecting the importance in the subjective constitution of two subjects and their own social bond (Ferenczi, 1931). Most of these young people grow up in an environment of daily social violence and ainda of a 'violence of indifference', in that their fallacies and their truths are not remade in the social and institutional configurations and, após a non-trafficking insertion, given the dimension of illegality In everyday aggression, in war, these subjects encounter more and more resistance with the hearing of their testimonies. The State (instituições educacionais, de health, de assistance social), which should protect, sometimes commits or denies violently, through silencing and many times aggression, for example, by public security agents. An attempt to understand the reality occurs from a narrative inserted in a historically and socially determined reality. In order to investigate the facts of these subjects, in an attempt to investigate the social and institutional denials, we conducted four semi-directed interviews with each one two five young participants of this research, who have a history of involvement with drug trafficking and who were serving a socio-educational internment measure at the Educational Center, located in northeastern sertão. The interviews were discussed and interpreted by Erickson's Interpretative Analysis (1989), based on the psychoanalytic theory of Ferenczian trauma. The analysis process allows the construction of five statements: The experience of trauma in life stories, through family and social helplessness, goes through the involvement of these infractions, causing psychological damage that sometimes does not find a representational space; The Educational Center (institutionalization) provides new possibilities for protection and care, but from a relationship that disavows, that denies - a protection/amparo with a degree; The process of narcissistic cleavage and identification with the aggressor (or dislocation between victim and aggressor) leads to a tendency to repetition of violent behavior and re-enactment or traumatic social denial in the context of drug trafficking war; The effects of trauma go through the construction of new bonds, starting from the lack of availability for new friendship relationships; There is no space for exploring, representing two psychic contents and experiencing two denials, other than one's own introspection the role of music/art. Except for two spaces of sensational exploration of the media and also of the traversal of medical, psychiatric/psychological and legal discourses of criminality, it is verified that there is a social resistance in examining the narratives of young people involved in drug trafficking. However, this analysis is necessary, given that drug trafficking is part of our social situation in various spheres.
 
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Data de Publicação
2024-07-10
 
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