Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.48.2013.tde-25032014-133053
Documento
Autor
Nome completo
Maria da Glória Calado
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2013
Orientador
Banca examinadora
Souza, Maria Cecilia Cortez Christiano de (Presidente)
Amaral, Monica Guimaraes Teixeira do
Costa, Eliane Silvia
Munanga, Kabengele
Rodrigues, Juliana Pedreschi
Título em português
Escola e enfrentamento do racismo: as experiências das professoras ganhadoras do Prêmio Educar para a Igualdade Racial
Palavras-chave em português
Enfrentamento
Enquadre
Escola
Prêmio Educar para a Igualdade Racial
Racismo
Resumo em português
No Brasil, ainda hoje, persiste o ideário do mito da democracia racial. Embora a intervenção curricular efetuada pela Lei 10.639/03 possa ser entendida como um avanço para o reconhecimento e a problematização da questão racial, não é raro que ainda verifiquemos no ambiente escolar a negação do racismo, por vezes, manifestada pelo silenciamento dos atores escolares, frente às manifestações de preconceito e de discriminação racial. Nossa pesquisa teve por objetivo analisar os relatos de professoras sobre as práticas pedagógicas laureadas pela 4ª edição do Premio Educar para a Igualdade Racial, buscando investigar as contribuições dessas práticas no enfrentamento do racismo no contexto escolar. Para a análise, adotamos o método qualitativo de pesquisa. O referencial teórico utilizado é proveniente de diferentes áreas do conhecimento, como a história, a sociologia, a educação e, sobretudo, a psicanálise. Devemos aos aportes da psicanálise o uso do conceito de enquadre, aqui, utilizado como instrumento para entender as relações entre o racismo e a formação da subjetividade dos sujeitos (BLEGER, 1998; COSTA, 2012). O uso do conceito de enquadre foi fundamental para compreender o modo como as práticas pedagógicas realizadas pelas professoras podem romper com estereótipos, preconceitos e contribuir para o combate do racismo. Escolhemos investigar as práticas de enfrentamento do racismo no espaço escolar, porque o consideramos não somente como lugar de reprodução do racismo, mas também como espaço privilegiado no combate às desigualdades raciais. Defende-se, nesse trabalho, que as práticas pedagógicas de nossas entrevistadas estimulam o rompimento do silenciamento dos atores escolares, sobretudo, oferecem um espaço para que os educandos se manifestem, contribuindo para a ressignificação das experiências com o racismo e para o desenvolvimento de práticas formativas na perspectiva de uma educação igualitária.
Título em inglês
School and racism confrontation: the experiences of winners teachers of Prêmio Educar para a Igualdade Racial
Palavras-chave em inglês
Confrontation
Frame
Prêmio Educar para a Igualdade Racial
Racism
School
Resumo em inglês
In Brazil, nowadays, remains the ideology of racial democracy myth. Although the curricular intervention made by Law 10.639/03 can be understood as a step forward for the recognition and problematization of the racial issue, it is not uncommon to see, in the school environment, denial of racism, sometimes manifested by school actors silencing when facing manifestations of prejudice and racial discrimination. Our research aimed to examine teachers reports about pedagogical practices laureates for the 4th edition of the Prêmio Educar para a Igualdade Racial in order to investigate the contributions of these practices in facing racism in the school context. For the analysis, we adopted the qualitative research method. The theoretical framework used is taken from different areas of knowledge such as history, sociology, education and especially psychoanalysis. We owe contributions of psychoanalysis the concept of frame, here used as a tool to understand the relationship between racism and the formation of the individual subjectivity (BLEGER, 1998; COSTA, 2012). The use of the frame concept wascrucial to understand how pedagogical practices carried out by the teachers can break stereotypes and prejudices and contribute to combating racism. We chose to investigate these practices in the school space because we considered it not only a place of racism reproduction, but also as a privileged space in fighting racial inequalities. In this work it is argued that the pedagogical practices of our interviewees stimulate the breaking of silencing of school actors, above all, provide a space for students to manifest, helping to reframe the experiences with racism and to develop practical formation from the perspective of an equal education.
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Data de Publicação
2014-04-09