Introdução: Não há um consenso com relação às diferentes modalidades utilizadas para o tratamento do carcinoma avançado de laringe e seu efeito no prognóstico e função. Objetivo: Comparar os resultados de sobrevivência e funcionais de pacientes com câncer de laringe avançado submetidos a laringectomia total (LT) ou tratamento não-cirúrgico para preservação de órgão através de uma revisão sistemática e metanálise. Métodos: Realizada uma revisão da literatura nas bases MedLine, Scielo, Lilacs, Cochrane e EMBASE até setembro de 2019. A revisão sistemática e metanálise foram realizadas comparando a preservação de órgão e LT em pacientes com carcinoma de laringe avançado. Resultados: Quando analisados como um todo, o tratamento cirúrgico foi associado a melhores resultados de sobrevivência. Quando estratificados por estadiamento, enquanto paciente com estádio T4 tiveram menor risco de morte com a LT, não houve diferença significativa entre os tratamentos em paciente com tumores T3. Apesar de não haver relação com a ocorrência de complicações, a cirurgia esteve relacionada a menor chance de disfagia tardia e dependência de tubo para alimentação. Conclusão: Pacientes com tumores T4 deveriam ter a LT como tratamento de escolha. Para pacientes com estadiamento T3, não há diferença quanto ao risco de mortalidade em relação à opção terapêutica, entretanto, há um maior risco de disfagia quando não realizada a cirurgia

Introduction: There is no consensus on how the treatment used for advanced laryngeal carcinoma cases can affect prognosis and functional results. Aim: To compare survival and functional outcomes of patients with advanced laryngeal carcinomas undergoing total laryngectomy (TL) or non-surgical organ preservation treatment through a systematic review and meta-analysis. Methods: The literature survey included research in MedLine, Scielo, Lilacs, Cochrane and EMBASE until September, 2019. A systematic review and metanalysis was made comparing organ preservation treatment and TL in patients with advanced laryngeal squamous cell carcinoma. Results: When analyzed as a whole, the surgical treatment was associated with better survival outcomes. When stratifying by T stage, while patients with T4 staging have less risk of mortality with TL, there is no difference between the different treatments for patients with T3 tumors. Although there is no relationship with the occurrence of complications, surgery is related to a lower chance of late dysphagia and dependence on feeding tube. Conclusion: Patients with T4 tumors should undergo TL as their treatment of choice. For patients with T3 tumors, there is no differences on the risk of mortality according to the therapeutic option, however, there is a greater chance of dysphagia when surgery is not performed