Procurou-se estudar in vitro a sensibilidade de cepas de Streptococcus oralis, estreptococos do grupo sanguis, Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus e Staphylococcus aureus provenientes da placa dental e da saliva frente aos antibióticos amoxicilina, eritromicina e tetraciclina. O objetivo do estudo foi o de estabelecer a capacidade de inibição desses antibióticos, determinando-se a ordem de eficácia nas menores concentrações testadas. As amostras que serviram para o cultivo dos microrganismos foram coletadas de um grupo homogêneo de 38 pessoas, estudantes de Odontologia, com idade de 17 a 25 anos, de ambos os sexos e que não estavam fazendo uso de antibióticos nos dois meses que antecederam a colheita das amostras. Essas amostras foram cultivadas em meios apropriados para o desenvolvimento das espécies microbianas em estudo e as cepas isoladas e identificadas foram submetidas à avaliação da concentração inibitória mínima dos três antibióticos, estabelecendo-se a seguinte ordem hierárquica decrescente de eficiência in vitro: eritromicina, amoxicilina e tetraciclina. Quando se analisou a magnitude de resposta inibitória de cada fármaco em função da variação de concentração, ou seja, sua potência in vitro, a ordem foi: amoxicilina, tetraciclina e eritromicina. Considerando-se conjuntamente a potência, os parâmetros propostos pelo National Commitee for Clinical Laboratory Standards e os níveis séricos atingidos em média por cada antibiótico, a ordem para o uso terapêutico in vivo seria: amoxicilina, eritromicina e tetraciclina. Dentre todos os microrganismos estudados foram observadas cepas resistentes à concentrações 2064 vezes maiores que as necessárias para inibir as menos resistentes. Os resultados observados nos experimentos com saliva e com placa dental foram muito semelhantes. Os dados experimentais e a literatura consultada permitiram concluir ainda que a escala e os intervalos de diluição podem exigir ajustes, de acordo com a espécie microbiana pesquisada e a terapêutica antimicrobiana deve ser sempre que possível precedida de um teste de sensibilidade, preferencialmente um que determine a concentração inibitória mínima dos medicamentos que poderão ser utilizados na terapêutica.

We studied the in vitro sensitivity of strains of Streptococcus oralis, streptococci of the sanguis group, Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus and Staphylococcus aureus from dental plaque and saliva to 3 antibiotics: amoxicillin, erythromycin and tetracycline. The objective of this study was to establish the inhibitory capacity of these antibiotics, determining the order of efficacy at the smallest concentration tested. Samples for the culture of the microorganisms were collected from a homogeneous group of 38 male and female dental students, 17-25 years old, and who had not used antibiotics during the preceding 2 months. The samples were cultured in appropriate media for the development of the microbial species under study and the strains isolated and identified were submitted to evaluation of minimum inhibitory concentration of the 3 antibiotics, establishing the following hierarchical decreasing order of efficiency in vitro: erythromycin, amoxicillin and tetracycline. When analyzing the magnitude of inhibitory response of each antibiotic in terms of concentration variation, i.e., the in vitro potency, the order was: amoxicillin, tetracycline, and erythromycin. Considering this potency, the parameters proposed by the National Committee For Clinical Laboratory Standards and the mean blood level reached by each antibiotic, the order for in vivo therapeutic use would be: amoxicillin, erythromycin, and tetracycline. Among the microorganisms studied, strains resistant to concentrations 2064-fold greater than those necessary to inhibit the least resistant strains were found. The results of the experiments with saliva were similar to those carried out with dental plaque. These results of the experiments with saliva were similar to those carried out with dental plaque. These data and the literature permit the conclusion that the scale and concentration can require adjustment according to the microbial species studied. When possible, antimicrobial therapy ought to always be preceded by a test for sensitivity, preferably one that determines the minimum inhibitory concentration of the medication which can be used for therapy.