Estudos têm avaliado a eficiência de diferentes tipos de laser no aumento da resistência ácida e na redução da solubilidade do esmalte dentário. O objetivo do presente estudo clínico longitudinal foi avaliar o comportamento do laser de CO₂ associado, ou não, à aplicação tópica de fluoreto acidulado na prevenção de lesões de cárie em fossas e fissuras de primeiros molares permanentes parcialmente irrompidos. Foram selecionadas 61 crianças de alto risco a cárie dentária, de 6 a 8 (7,1 ± 0,8) anos de idade, apresentando os quatro primeiros molares permanentes parcialmente irrompidos e hígidos. Cada primeiro molar recebeu aleatoriamente um dos tratamentos avaliados nas fossas e fissuras: (L) - laser de CO₂ (0,066J/cm²); (FL) - gel fluoretado acidulado a 1,23% e laser de CO₂ (0,066J/cm²); (V) - verniz fluoretado a 5%; (S) selante (controle). Os dentes foram avaliados aos 3, 6, 12 e 18 meses após a realização dos tratamentos, por meio de exame visual direto e avaliador calibrado e "cego" aos tratamentos (Kappa 0,70). Foi utilizado o indíce ICDAS-II para avaliação da manutenção da higidez, presença de lesão de mancha branca ativa e de lesões cavitadas em esmalte e/ou dentina. Para avaliação da retenção do selante, foram utilizados os critérios visuais modificados de Yildiz et al. (2004). Foi aplicada a análise de sobrevida de Kaplan-Meyer. O hazard ratio dos tratamentos foram estimados utilizando-se shared frayilt models com distribuição gama, considerando-se o paciente como conglomerado. O modelo também evidenciou que a correlação intra-paciente foi significante (p = 0,0022), com covariância de 0,8425 (erro padrão = 0,3208). Clinicamente, não houve diferença significante entre os tratamentos (L), (LF) e (V) após 18 meses de avaliação. Para o tratamento (S), observou-se a maior taxa de desenvolvimento de lesões de cárie. Após análise longitudinal de 18 meses, pode-se concluir que a aplicação do laser de CO₂, independentemente do uso associado ao fluoreto, foi eficiente na prevenção de lesões de cárie em fossas e fissuras de molares parcialmente irrompidos, em crianças de alto risco à cárie.

Studies have evaluated the efficiency of different laser systems in increasing strength and reducing the acid solubility of dental enamel. The aim of this longitudinal clinical study was to evaluate the CO₂ laser combined or not to the topical application of acidulated fluorides in preventing caries in pits and fissures of partially-erupted first permanent molars. It were selected 61 children at high caries-risk, with 6-8 (7.1 ± 0.8) years old, with the four first permanent molars partially erupted and healthy. Each first molar randomly received one of the tested treatments in pits and fissures: (L) - CO₂ laser (0.066 J/cm²), (FL) - acidulated fluoride gel 1.23% and CO₂ laser (0.066 J/cm²) (V) - 5% fluoride varnish, (S) - sealant (control). The teeth were evaluated at 3, 6, 12 and 18 months after treatment, through direct visual examination and by a calibrated operator blinded to the treatments (Kappa 0.70). The ICDAS-II index was used to assess the soundness of tooth structure, presence of white spot lesions and cavitated enamel and/or dentin lesions. The Yildiz et al. (2004) visual modified criteria was used to evaluate the retention of sealant. The Kaplan-Meyer survival analysis was used. The hazard ratio of the treatments was estimated using frayilt shared models with gamma distribution, considering the patient as a conglomerate. The model also showed that intra-patient correlation was significant (p = 0.0022), with covariance of 0.8425 (standard error = 0.3208). Clinically, there was no significant difference between (L), (LF) and (V) treatments after 18 months of evaluation. For (S) treatment, there was a higher rate of caries development. After long-term analysis of 18 months, it can be concluded that the application of CO₂ laser, regardless of use with fluoride, was effective in preventing caries in pits and fissures of partially-erupted molars in children at high caries-risk.