Patients with cleft lip and palate have an increased prevalence of obstructive sleep apnea (OSA). The aim of this study was evaluate the risk of obstructive sleep apnea in different types of cleft lip and palate. The null hypothesis was that the risk of OSA is similar in cleft lip, cleft lip and palate, and cleft palate. This study was conducted at the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies, University of São Paulo, Bauru, Brazil. The Pediatric Sleep Questionnaire (QPS) was used to investigate the risk of OSA in patients aged 5 to 18 years. During 2020 and 2021, non-syndromic patients with cleft lip and/or palate were investigated. The sample included 231 patients who had complete cleft lip and palate, 99 individuals with cleft lip and rim, and 69 individuals with cleft palate alone. The QPS is a questionnaire with 22 questions about sleep, snoring, daytime sleep, and cognition. A high risk for OSA was considered when 8 or more of the questions were answered positively by parents or legal guardians. The frequency of high risk was compared between cleft types using the Chi-square test. The Chi-square test was used to observe the influence of the independent variables cleft type, sex, and age. The total sample of 399 patients with a mean age of 11.57 years (SD=3.75) had an increased risk of OSA of 42.61%. The most common symptoms reported in this sample were difficulty breathing and inattention. No statistically significant differences in risk for OSA were found between the different cleft types (p=0.381). The risk of OSA was similar between girls and boys (p=0.497) and between children and adolescents (p=0.091). Alveolar bone graft surgery showed no positive association with the risk of OSA. On the other hand, previous orthodontic treatment was associated with a lower frequency of elevated risk of OSA. The null hypothesis was confirmed. The risk of obstructive sleep apnea in the three cleft lip and palate groups was similar and high. The most common symptoms reported in this sample were difficulty breathing and inattention. The presence of previous orthodontic treatment reduced the risk of obstructive sleep apnea among individuals with CLP.

Os pacientes com fissuras labiopalatinas apresentam uma prevalência aumentada de apneia obstrutiva do sono (AOS). O objetivo deste estudo foi avaliar o risco de apneia obstrutiva do sono em diferentes tipos de fissuras labiopalatinas. A hipótese nula foi que o risco de AOS é semelhante em fissuras labiais, fissuras de lábio e palato e fissuras de palato. Este estudo foi conduzido no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, Bauru, Brasil. O Questionário Pediátrico do Sono (QPS) foi utilizado para investigar o risco de AOS de pacientes dos 5 aos 18 anos de idade. Durante 2020 e 2021, foram investigados pacientes não-sindrômicos com fissuras de lábio e/ou palato. A amostra incluiu 231 pacientes que apresentavam fissuras de lábio e palato completo, 99 indivíduos com fissura de lábio e rebordo e 69 indivíduos com fissura de palato isolado. O QPS é um questionário que possui 22 questões sobre sono, ronco, sono diurno e cognição. Um risco elevado para OSA foi considerado quando 8 ou mais perguntas foram respondidas positivamente pelos pais ou tutores legais. A frequência de alto risco foi comparada entre os tipos de fissuras utilizando o teste Qui-quadrado. O Teste do Qui-quadrado foi utilizado para observar a influência das variáveis independentes tipo de fissura, sexo e idade. A amostra total de 399 pacientes com idade média de 11,57 anos (SD=3,75) apresentou um risco elevado de AOS de 42,61%. Os sintomas mais comuns relatados nesta amostra foram dificuldade em respirar e desatenção. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas de risco para a AOS entre os diferentes tipos de fissuras (p=0,381). O risco de AOS foi semelhante entre meninas e meninos (p=0,497) e entre crianças e adolescentes (p = 0,091). A cirurgia de enxerto ósseo alveolar não apresentou associação positiva com o risco de AOS. Por outro lado, o tratamento ortodôntico prévio estava associado a uma menor frequência de risco elevado de AOS. A hipótese nula foi confirmada. O risco de apneia obstrutiva do sono nos três grupos de fissuras labiopalatinas foi similar e elevado. Os sintomas mais comuns relatados nesta amostra foram14 dificuldade em respirar e desatenção. A presença de tratamento ortodôntico prévio reduziu o risco de apneia obstrutiva do sono entre os indivíduos com FLP.