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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2008.tde-26112008-123853
Document
Auteur
Nom complet
Celi Hirata
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2008
Directeur
Jury
Oliva, Luís César Guimarães (Président)
Baioni, José Eduardo Marques
Silva, Franklin Leopoldo e
Titre en portugais
O perspectivismo e o projeto leibniziano de conciliação das filosofias
Mots-clés en portugais
Conhecimento
Perspectivismo
Pluralidade
Tradição
Unidade
Resumé en portugais
Com o intento de fundar a metafísica rumo ao conhecimento certo, Descartes rejeita a história precedente da filosofia. Com efeito, esta carrega consigo uma pluralidade de opiniões e disputas, o que é inaceitável face à unidade da verdade e da razão. Por isso, o progresso da filosofia em direção ao futuro só pode se dar mediante uma ruptura com o passado, ruptura que se opera por meio da dúvida metódica. Leibniz, ao contrário, defende que o avanço do conhecimento rumo à descoberta de novas verdades pode e deve retomar o que já foi anteriormente estabelecido. Isto porque, à diferença de Descartes, o autor da Monadologia possui uma outra concepção da relação entre pluralidade e unidade, o que se pode constatar de maneira privilegiada na sua tese de que cada mônada ou ser criado representa o universo inteiro de uma determinada perspectiva. Ora, como todas as representações possuem o mesmo referente o mundo , todas são verdadeiras e harmônicas entre si, de modo que o que varia é a maneira como o mundo é representado, isto é, os graus de distinção presentes na representação. Deste modo, a pluralidade dos sistemas filosóficos redunda em diferenças (de modo que uns são mais perfeitos do que outros e que haja determinadas partes mais relevantes do que outras dentro de um mesmo sistema), mas não em uma heterogeneidade radical. Ora, justamente sem a consideração de que há alguma conveniência subjacente na diversidade das filosofias, não é possível a tentativa de conciliação do que haveria de melhor entre elas, isto é, se há uma heterogeneidade irredutível, como Descartes considera, não há qualquer ponto de transigência. Assim, a fim de dar conta de como este projeto de conciliação das filosofias é possível, examinar-se-á nesta dissertação a tese de que cada mônada representa o universo inteiro de uma determinada perspectiva, exame no qual se enfatizará as noções leibnizianas de espírito, de conhecimento e de sistema
Titre en anglais
The perspectivism and the Leibnizs project of conciliation of Philosophies
Mots-clés en anglais
Knowledge
Perspectivism
Plurality
Tradition
Unity
Resumé en anglais
Willing to found metaphysics toward right knowledge, Descartes denies the preceding Philosophy history on the basis that the plurality of opinions and disputes this Philosophy holds is not acceptable under the unity of true and reason. As a result, Philosophy cannot evolve toward the future unless by breaking up with the past, a rupture that operates by way of the methodic doubt. Leibniz, in contrast, advocates that the evolution of knowledge toward the discovery of new truths can and should resume what was established antecedently. This is so because, unlike Descartes, the author of Monadology conceives the plurality-unity relationship in a different way, which one has the privilege to infer from his thesis that each monad or created being represents the entire universe from a certain perspective. Now, since all representations have the same referent the world , all are true and harmonic in relation to each other, and thus what varies is how the world is represented, i.e., the degrees of distinction in the representation. Therefore, the plurality of philosophic systems results in differences (where one is more perfect than another and certain parts are more relevant than others within a system) but not in a radical heterogeneity. Indeed, precisely without considering that some convenience underlies the diversity of philosophies, one cannot attempt to conciliate them in what would be the best in them, i.e., if an irreducible heterogeneity does exist, as Descartes proposes, then there is no point of convergency. Therefore, in order to apprehend how this project of conciliation of philosophies is possible, this paper will address the thesis that each monad represents the entire universe from a certain perspective, with an emphasis on Leibnizs notions of spirit, knowledge, and system
 
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Date de Publication
2008-11-26
 
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