A presente dissertação propõe um debate acerca do papel da universidade na territorialização do Capital, tendo como ponto de partida a ação do Projeto Rondon na região do Vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais. O projeto trata-se de um programa de extensão universitária que estimulou operações em larga escala na Ditadura Militar, sendo reaberto em nova roupagem em 2005 e permanecendo em atividade até os dias atuais. Promovendo uma mobilização de estudantes para regiões ditas remotas e carentes, o Projeto Rondon torna-se uma excelente porta de entrada para desvendar a relação que o conhecimento científico possui com a racionalização da reprodução capitalista, assim como possibilita descobrir especificidades de uma mobilidade do trabalho complexo

This dissertation proposes a debate on the role of the university in the territorialization of Capital, taking as a starting point the action of the Rondon Project in the region of Vale do Jequitinhonha, northern Minas Gerais. The project is a university extension program that stimulated large-scale operations during the Military Government, being reopened in a new format in 2005 and remaining active to this day. By mobilizing students to so-called "remote and needy" regions, the Rondon Project becomes an excellent entry point to unravel the relationship that scientific knowledge has with the rationalization of capitalist reproduction, as well as to discover specificities of complex labor mobility