Deslocamentos como poética: O Caminhar através das Narrativas propõe a investigação dos deslocamentos na arte contemporânea a partir das práticas do caminhar. Sob um viés poético, utilizando uma miscelânea de recursos intrínsecos ao caminhar, o trabalho busca relacionar a experiência do artista ao se movimentar no espaço com diferentes narrativas que abordam o tema. O primeiro capítulo, relaciona a construção de mito e sua importância para o desenvolvimento de narrativas sobre o caminhar, apresentando histórias e personagens que têm em comum o caminho como contexto simbólico e filosófico. Em seguida, observa-se como o caminhar passou a ser adotado como prática estética e movimento artístico. O segundo capítulo, discorre, a partir de uma perspectiva curatorial, sobre obras e artistas que praticam o caminhar, e como estes se associam com elementos do caminhar, designados como alegorias, como: rastros e marcações pelo caminho; símbolos: o círculo e a espiral, representativos da psique humana como símbolos universais e das relações do homem com a paisagem; e as peregrinações, travessias, procissões e errâncias, que buscam as semelhanças entre a experiência do caminhar e os processos - inclusive poéticos - que envolvem os percursos.

Displacements as Poetics: Walking through Narratives proposes the investigation of displacements in contemporary art based on walking practices. Under a poetic perspective, using a miscellany of resources intrinsic to walking, the work seeks to relate the experience of the artist in moving through space with different narratives that address the theme. The first chapter relates the construction of myth and its importance to the development of narratives about walking, presenting stories and characters that have the path in common as a symbolic and philosophical context. Next, it is observed how walking came to be adopted as an aesthetic practice and artistic movement. The second chapter discusses, from a curatorial perspective, about works and artists who practice walking, and how these are associated with elements of walking, designated as allegories, such as: tracks and markings along the way; symbols: the circle and the spiral, representative of the human psyche as universal symbols and of man's relations with the landscape; and pilgrimages, crossings, processions, and wanderings, which seek the similarities between the experience of walking and the processes - including poetic ones - that involve pathways.