Mundos virtuais são espaços organizacionais a serem potencialmente usados no futuro para práticas profissionais. A tese analisa a topologia de diferentes soluções comerciais de Mundos Virtuais e como a agência humana eventualmente é conectada com a interface do espaço virtual, incluindo o uso de avatar. Usuários de espaços virtuais operam em duas camadas de realidade de forma simultânea, e sua sensação de agência pode ser transferida temporariamente para o avatar e para o ambiente virtual, sendo então afetada pela topologia daquele espaço. As proposições feitas pela tese estão baseadas em dois estudos empíricos de observação em catorze Mundos Virtuais realizada pela própria autora. A partir da análise, mostro que a topologia do espaço e a sensação de agência possuem efeito recursivo um no outro. Quando se está imerso nestes espaços, o locus da ação passa a ser o espaço virtual, que exerce uma mediação preponderante na atividade cognitiva do indivíduo. Assim como a maior transferência da sensação de agência para o espaço virtual em certas comunidades profissionais daquele espaço irá com o tempo favorecer o surgimento de frames e rotinas naquele ambiente. Espaços virtuais de interação social e profissional desafiam premissas tradicionais em estudos organizacionais, contabilidade e finanças, pois topologia e agência devem ser reconsideradas nestes ambientes.

Virtual worlds are organizational spaces that may potentially be used in the future for professional practices. This thesis examines the topology of different commercial solutions for virtual worlds and how human agency is eventually connected with the virtual space interface, including avatars. Users of virtual spaces operate in two layers of reality simultaneously, and their sense of agency can be temporarily transferred to the avatar and the virtual environment, then affected by that space's topology. The propositions made in the thesis are based on two empirical observational studies in fourteen virtual worlds conducted by the author herself. From the analysis, I show that the topology of the space and the sense of agency have recursive effects on each other. When one is immersed in these spaces, the locus of action becomes the virtual space, which exerts a predominant mediation in the individual's cognitive activity. Just as the greater transfer of the sense of agency to the virtual space in certain professional communities of that space will, over time, favor the emergence of frames and routines in that environment. Virtual spaces for social and professional interaction challenge traditional premises in organizational studies, accounting, and finance, as topology and agency must be reconsidered in these environments.