A preocupação com as manifestações espaciais da industrialização no Brasil, quer diretamente, quanto às características das implantações industriais (do ponto de vista de origem do capital, nível tecnológico, destino da produção, etc.) quer indiretamente, do ponto de vista das transformações urbanas e rurais decorrentes, levou-nos a um interesse maior pelas indústrias que, por suas características, se incorporam no espaço físico, através de sua estreita dependência com matérias-primas minerais ou vegetais. Deixando de lado os exemplos clássicos da indústria siderúrgica e o da indústria canavieira cuja origem, papel e participação na nossa história econômica são bem conhecidos, consideramos como significativo, pelo que tem de novo e de representativo de uma fase de transição, o estudo do aproveitamanto dos maciços florestais artificiais pelas indústrias de celulose.[...] Além do estudo do reflorestamento realizamos uma pesquisa de campo numa área de importantes plantios, tendo em vista desvendar a dinâmica da reorganização do espaço rural e das relações cidade-campo em função da forte influência que a atividade industrial exerce sobre esta atividade agrícola. Finalmente abordamos especificamente a indústria de celulose no Brasil, procurando sempre nos limitar àquelas informações que nos pudessem levar a analisar as transformações dentro deste setor industrial.

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