A população está envelhecendo de modo acelerado sobretudo nos países em desenvolvimento,caso do Brasil. Em face da longevidade, o maior tempo de convivência entre gerações, a maior participação da pessoa idosa na sociedade e o surgimento de necessidades específicas, como por exemplo cuidados de longa duração, podem trazer dificuldades de comunicação aos relacionamentos. Torna-se fundamental dialogar verdadeiramente de modo que as expectativas de todos os envolvidos possam ser ouvidas e acolhidas. David Bohm propõe uma metodologia para o diálogo que pode ser utilizada em vários contextos e que nesse trabalho, foi aplicada para melhor compreensão da comunicação na longevidade. Objetivo geral: Desenvolver Rodas de Diálogo com pessoas idosas, familiares e profissionais que frequentam um serviço especializado em Geriatria e Gerontologia. Objetivos secundários:1) Analisar a dinâmica grupal para a escuta atenta e mais qualificada na longevidade; 2) Propor aos serviços que atendem à população idosa o método Diálogo de Bohm como instrumento de trabalho com grupos. Método: Estudo exploratório, qualitativo, desenvolvido em 05 encontros designados Rodas de Diálogo e conforme a metodologia de Bohm, entre pessoas idosas, familiares e profissionais que frequentam o Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), Centro de Referência do Idoso da zona leste de São Paulo. Resultados: Participaram do estudo 16 pessoas de faixas etárias diversas. As falas gravadas foram transcritas e analisadas por meio do Discurso do Sujeito Coletivo após identificação das expressões-chave selecionadas pela pesquisadora e presentes nos discursos individuais, originando um único discurso para cada encontro, onde se identificaram semelhanças aos pressupostos de Bohm. Conclusão: O método Diálogo de Bohm aplicado nas rodas de diálogo no IPGG apontou nos discursos coletados o quanto o diálogo é necessário como exercício ao autoconhecimento e no aprimoramento à escuta qualificada e empática. O diálogo praticado em grupo intergeracional mostrou-se útil para trabalhar questões muito presentes na longevidade, tais como o preconceito e os estereótipos relacionados à velhice, as relações de cuidado e as relações familiares, bem como para amplificar a voz e a visibilidade da pessoa idosa, dando-lhe espaço para colocar seus pedidos e necessidades. Assim, instituir o Diálogo de Bohm nos serviços que atendem à população idosa como instrumento pode tornar-se um potente caminho para fortalecer e desenvolver a comunicação

The population is aging at an accelerated rate, especially in developing countries, such as Brazil. In view of longevity, the longer time of coexistence between generations, the greater participation of the elderly in society and the emergence of specific needs, such as long-term care, can bring communication difficulties to relationships. It is essential to truly dialogue so that the expectations of all those involved can be heard and accepted. David Bohm proposes a methodology for dialogue that can be used in several contexts and that in this work was applied for a better understanding of communication in longevity. General objective: To develop dialogue circles with elderly people, family members and professionals who attend a specialized service in Geriatrics and Gerontology. Secondary objectives: 1) Analyze the group dynamics for attentive and more qualified listening in longevity; 2) Insert the Bohm dialogue method in services for elderly population as an instrument of working with groups. Method: exploratory, qualitative study, developed in 05 meetings called dialog circles and according to Bohm's methodology, among elderly people, family members and professionals who attend the Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), reference center for the elderly in the east zone of Sao Paulo city. Results: 16 people of different age groups participated in the study. The recorded speeches were transcribed and analyzed using the collective subject discourse after identifying the key expressions selected by the researcher and present in the individual speeches, resulting in a single speech for each meeting, where similarities to Bohm's assumptions were identified. Conclusion: Bohm's method of dialogue applied in the dialogue circles at the IPGG pointed out in the collected speeches how much dialogue is necessary as an exercise in self-knowledge and in improving qualified and empathetic listening. The dialogue practiced in an intergenerational group proved to be useful to work on issues that are very present in longevity, such as prejudice and stereotypes related to old age, care relationships and family relationships, as well as to amplify the voice and visibility of the elderly person, giving them space to place their requests and needs. Thus, establishing the Bohms dialogue in services for elderly population as an instrument, can become a way to strengthen and develop communication