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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.11.1900.tde-20240301-143935
Documento
Autor
Nome completo
Octavio do Amaral Gurgel Filho
Unidade da USP
Imprenta
Piracicaba, 1953
Título em português
Estudo do crescimento de algumas essencias do cerrado
Palavras-chave em português
ÁRVORES
CRESCIMENTO VEGETAL
ESSÊNCIAS DO CERRADO
Resumo em português
O presente trabalho visa o estudo do crescimento em altura de três essências que se desenvolvem nos cerrados de São Simão, Estado de São Paulo. As essências consideradas foram: barbatimão Stryphnodendron barbatimão, Mart.; canafistula Dimorphandra molli, Benth. e faveiro Pterodon pubescens, Benth., tôdas pertencentes à família das Leguminosas. Os campos de São Simão apresentam a vegetação típica dos cerrados, vegetação essa caracterizada pelas plantas citadas à página 3. O conteúdo em água dos solos é alto, porém, o lençol de água está localizado entre 14 e 16 metros de profundidade. O solo é pobre e arenoso (grupos 11 e 12, segundo Setzer) e pertence à formação de Botucatu; a análise de solo é dada à pagina 5. O tipo climático é o seguinte: a) sistema internacional de Koeppen Awi-Cwn; b) sistema de Thornthwait BB'w; c) sistema brasileiro de Serebrenick tUV°. Os dados termo-pluviométriccs encontram-se à página 60. Em conclusão, estes campos cerrados, nos quais o experimento foi realizado, não apresentam condições áridas (vegetação xerofítica) e podem servir para fins florestais. O autor apresenta detalhada revisão bibliográfica, ressaltando porém os trabalhos de Baker e Azevedo Gomes. De acôrdo com êstes trabalhos, no decorrer da vida de uma árvore, há a considerar três períodos ou idades, quais sejam: idade nova, idade adulta e decrepitude (figs. 1, 2 e 3). Ainda Baker e Azevedo Gomes mostram que o crescimento em altura segue o tipo de curvas sigmoidal. Na idade nova, o crescimento é caracterizado por fortes acréscimos em altura; na idade adulta, há diminuição sensível na intensidade dos alongamentos; até que na decrepitude, o crescimento virtualmente cessa. Geralmente é aceito como uma árvore tendo atingido o limite inferior da maturidade, quando o último acréscimo anual, no respectivo alongamento, cai a 0,20.%. Atribuindo o valor total de 100% à altura atingida, num período de tempo também indicado como 100%, o crescimento se apresenta com as características das curvas das figs. 2 e 3. Ainda a fig. 4, mostra uma curva de tipo diferente, a da taxa do acréscimo expressa em porcentagem, calculada pela fórmula mencionada à página 13; os dados originais para a construção dessas curvas, constam do quadro 1. No estudo do crescimento em altura, vimos a surpreendente semelhança do traçado das curvas que representam o crescimento de qualquer elemento dendrométrico. No crescimento da idade nova das plantas, confrontamos dados de crescimento de essências que se desenvolveram em clima temperado, com essências que se desenvolveram em climas tropical e sub-tropical, ressaltando de tal comparação, que as essências dêstes climas apresentam crescimento muito mais rápido do que aquelas. O presente experimento foi realizado no Horto Florestal de São Simão, e qual está situado na região noroeste da mesma localidade, a altitude média é de 635 m e suas coordenadas geográficas são 21° 21' latitude S e 47° 34' longitude W de Greenwick. O local onde o experimente foi realizado apresentava a vegetação típica de cerrado, já anteriormente especificada; a exposição do terreno era a nascente, com declividade de 4%. As três espécies estudadas, foram semeadas diretamente no terreno, em 23 de dezembro de 1946, ao compasso em quadra de 2 m por 2 m; dessa forma, foi evitado o transplante, não sofrendo as plantas, pois, qualquer traumatismo. O esquema experimental seguido foi o dos blocos ao acaso, com repetições completas. Em consequência da germinação fraca, entre curtos fatôres, de uma das repetições de canafistula, uma repetição foi abandonada. Aliás, originàriamente o experimento consistia de 4 essências, mas devido a má germinação, uma essência foi eliminada. Cada parcela tinha 33 m por 33 m, com 17 linhas, totalizando 289 plantas. Para a nálise estatística somente 120 plantas foram consideradas. A área total do experimento foi de 17.429 m2. As medições das alturas das plantas, foram efetuadas em dezembro de 1947, outubro de 1949, abril de 1951 e abril de 1953; estas mensurações são dadas nos quadros 2 a 4. Referindo-se o nosso trabalho ao crescimento das essências em altura, cuidamos apenas do elemento dendrometrico altura, tanto na idade adulta como na idade nova, apresentando como adendo, os diâmetros médios calculados para o período de 1953. Cientes da influência que o terreno exerce sôbre o crescimento das essências e dentro do plano experimental utilizado, foi possível fazer uma análise de variância, afim de verificar a uniformidade do terreno. Partindo dos dados do barbatimão, que apresentava melhor "stand" nas 4 repetições, fizemos um teste preliminar e análise da variância para o terreno, primeiramente entre das linhas das repetições, tomando-se as repetições como base, e depois, entre as repetições do experimento todo, para os anos de 1949 e 1951. A análise revelou que havia uniformidade dentro das parcelas e que o material era heterogêneo (parte superior do quadro 6). Por meio de outra análise da variância , para as 4 repetições (com as linhas confundidas) foi revelada a existência de manchas no terreno (parte inferior do quadro 8). Calculamos os valores de t para as repetições nos dois anos e os limites fiduciais para as variáveis, em três níveis (páginas 20 e 21). Para a canafistula e o faveiro, seguimos caminho diferente, efetuando a análise da variância do terreno, comparando primeiramente o êrro total de cada repetição, baseado em tôdas as plantas, com o êrro residual do experimente. Constatamos que havia manchas no terreno, e que o material era heterogêneo; ainda, pelo teste de teta entre o êrro total por parcela e o êrro residual do experimento, ficou demonstrado que as parcelas eram uniformes (quadros 9 e 10). A seguir calculamos os valores de t para as repetições e os limites fiduciais para as variáveis (páginas 21 e 22). Afim de obter a sensibilidade desejada para os cálculos estatísticos, fizemos agrupamentos naturais de altura para as três essências; tais agrupamentos distintos entre si de 0,5 m, foram em número de 6 para o barbatimão e faveiro, variando de 1,5 m a 4,0 m. Para a canafistula foram 8 agrupamentos, variando de 2,0 m a 5,5 m. O ano escolhido como base foi o de 1951, e dêste partimos procurando as plantas correspondentes nos diversos anos. Estas mensurações são dadas nos quadres 5 a 7. Calculadas as médias dos agrupamentos, (quadros 11 a 13) verificamos que não diferiam estatisticamente das médias calculadas diretamente a partir dos dados. Com os dados do agrupamento, calculamos a análise da variância para os agrupamentos, primeiramente entre e dentro das repetições como base e depois entre as repetições do experimento, todo (quadros 11 a 13). Verificamos então, que os agrupamentos não compensaram as diferenças do terreno entre as repetições, mas que dentro das repetições, os agrupamentos eram uniformes; que os agrupamentos proporcionaram a sensibilidade desejada nos testes estatísticos. Com os dados dos agrupamentos, calculamos ainda o êrro total para a diferença entre dois períodos consecutivos, fazendo-se a diferença planta por planta, de cada agrupamento, em cada ano (quadros 14, 16 e 18). De posse de todos os elementos, calculamos as correlações lineares entre os grupos e as correlações totais. Como consequência, concluimos que o crescimento das essências estudadas é fortemente correlacionado com a idade, com exceção de primeiro ano; que os acréscimos de período para período são correlacionados com o acréscimo de período anterior (quadros 15, 17, 19 e 20). Procedemos à representação gráfica do crescimento em altura, quer sob a forma esquemática com os dados originais, quer com a transformação dos mesmos, em porcentagem.· Foram utilizados sempre, eixos ortogonais sobre os quais marcavam-se os pontos correspondentes às alturas e às idades. Desta forma, traçamos as curvas de evolução do crescimento em altura, tanto para a idade nova (figs. 6 a 8) como para a idade adulta (figs. 9 a 11). Tais curvas vieram comprovar a existência de grupos de plantas de crescimento normal, com curva de tipo sigmoidico, e também, grupos com crescimento anômalo, coincidindo, aliás, com as árvores dominadas. Ainda as representações gráficas feitas para os diversos grupos, comprovaram a existência de correlações dentro dos mesmos, correlações essas perceptíveis muito antes do fim da idade nova (figs. 12 a 14). Foram calculadas as taxas anuais do acréscimo e traçadas as respectivas curvas (figs. 15 a 17), constando os dados originais dos quadros 21 a 23. Dos dois tipos de curvas, isto é, a curva de evolução de crescimento em altura e a curva das taxas dos acréscimos, resultou perfeita harmonia, em relação no normal desenvolvimento específico das essências consideradaso. Foi posto em relêvo, conforme os nossos dados mostram, que estamos ainda longe do limite da idade adulta, onde o crescimento corrente em altura, cai a 0,20% do crescimento da árvore, por ano. Para o barbatimão (grupo de 4 m.) o crescimento anual em altura, em 1953, foi de 5,5% (fig. 15), canafistula (grupo de 5,5 m.), foi 7% e para o faveiro (grupo de 4 m.) foi de 13,5%.
Resumo em inglês
The present paper deals with the study of height growth of three trees growing in savannahs or "campos cerrados” of S. Simão, State of S. Paulo, that are used as forest trees; the species are "barbatimão" - Stryphnodendron barbatimao Marte, "canafistula" - Dimorphandra mollis, Benth. and "faveiro" - Pterodon pubescens, Benth. all belonging to the family of Leguminosae (photographics 1 to 3). The fields of S. Simão presents the typical vegetation of the "cerrados", caracterized by the plants listed on p. 3. The water content of soil is high, but the underground water table was found at 14-16 m. The soil is poor and sandy (type 11 and 12, after Setzer) and belongs to "Botucatu formation"; a soil analysis is given at p. 5. The climatic classification is: a) Koeppen's international Awi-Cwa; b) Thornthwait's system BB'w; c) Serebrenick's Brazilian – tUV°. The thermo-pluviometric data are given in p. 6. In conclusion, these "campos cerrados" in what this experiment was performed do not present arid conditions (xerophitic vegetation) and could be suited for silvicultural purposes. The author gives a detailed bibliographycal review, but special emphasis is put on the works of Baker and Azevedo Gomes; according to these works, the life cycle of a tree is divided in three periods: juvenile, mature and decrepitude (Figs. 1, 2 and 3); also Balker and Azevedo Gomes shows that the·height growth is of a sigmoidal type. At first, in juvenile period, the height growth accelerates, comes to a maximum fairly early in the life of a tree and then slowly decreases until in old age it virtually ceases. It is accepted that a tree is mature when current height, growth drops to 0,2% of the height of the tree per year. If this height is called total height indicated by 100 per cent, and the age when this height is attained is likewise called 100 per cent of the age of the tree, the trend of height growth appears as the curve shown in Fig. 2 and 3. Also, Fig. 4 shows a different type of curve, expressed in percentage of the rate of growth calculated by the formulas given in p. 3, and the original data are given in quadro 1. The present experiment was done in the Horto Florestal de S. Simão and it is situated in the north-western region of S. Simão; the medium altitude is 635 m and its geographic coordenates are 21° 21' latitude S and 27° 34' longitude W Greenwich. The site where the trials was performed had the. typical vegetation of "cerrados" already discussed; the exposition of the site was East-West, with a slope of 4%. The seeds of the three species studied were sown directly on the ground, in December 23rd, 1946, at a distance of 2 by 2 m; this type of sowing prevent injury to the plants, since transplantation is avoided. The design used was the randomized blocks, with four complete replications; owing to poor germination one replication was discarded for "canafistula". Also, the experiment originally consisted of four species, but for the same reason mentioned above one was eliminated. Each plot was 33 by 33 m, with seventeen rows and 289 plants; but for statistical analysis only 120 plants were considered; the total area of the experiment was 17429 m2. The measurements of the plants were made in December 1947, October 1949, April 1951 and April 1953; these data are given in quadros 2 to 4. The statistical analysis of the height growth for the year of the 1949 and 1951 shows that there is a soil heterogeneity in the experiment between replications, but within each plot the soil showed homogeneity. Different ways were used to demonstrate this point. For "barbatimão", first of all, it was made a preliminary analysis of variance, considering the replication as a unit and so the test was between-within rows (upper part of quadro 8) shows that there is homogeny, but the measurements of the trees were very variable (c.v. very high). By the other hand, when the experiment was taken as a whole, the test between within replications shows that there is soil heterogeneity (in this analysis the plants were confounded). For the two other species, "canafistula" and "faveiro" (quadros 9 and 10) the analysis of variance was done in different way, but shows the same results. In order to get sensibility in our statistical analysis, the grouping of trees was attempted. A inspection of the data was made and the year of 1951 shows better distincted groups; for "barbatimão" and "faveiro" six groups were established (1.5 to 4.0 m) and for "canafistula" eight group (2.0 to 5.5 m). For each group, 5 trees with height very near to the center of the class were choosen; so, for "barbatimão" and "faveiro" the number of trees were 6 groups x 5plants x 4 replications = 120 plants and for "canafistula" 8 groups x 5 plants x 3 replications = 120 plants. The mean of the height of trees for replication based on grouping was determined and by at test it was shown that the new mean do not differs from the old mean calculated without grouping (quadros 11 to 13). So, it was possible to continue the statistical analysis using the plants of the groups, the c.v. is now very low. It was made a test between within groups and the teta test (teta test is equal √F) shows that the groups are different one to another (upper part of quadros 11 to 13); however, the differences between replication still persist (lower part of quadro 11 to 13). Finnally, a detailed 1inear correlation analysis was performed between the growth in subsequent years and the additional growth and the period considered (quadros 14 to 19); it was shown that the height growth of the tree is correlated with the age, excepted between the inicial height and the first year. Also, the additional growth to one period is correlated with the additional growth of the former period (quadro 20). The graphycal representation of the juvenile height growth for the different grouping of trees for every specie is given in Figs. 6 to 8; it is clear the sigmoidic type of the scheme. Figs. 9 to 11 showns the scheme of height growth until the beginnings of mature age, that fits very well the sigmoidic curves; also, it can be seen that the small groups have a growth like the tolerant trees. Finally, in order to show the different curves of height growth of the trees studied, it was given a curve for each group (Figs. 12 to 14) drafted with percentual data; it is clear the sigmoidic curve of growth. According to the general practice in silviculture, the curves of rate growth are given in Figs. 15 to 17; the data used to construct these curves are given in quadros 21 to 23. It has to be pointed out, as these data shows, that we are far from the limit of mature age, i.e, when the current height growth drops to 0,2% of the height of the tree per year. For "barbatimão" (group of 4 m) the current growth 1953 is 5.5% (Fig. 15), "canafistula" (group of 5.5 m) (Fig. 16) and for "faveiro" (group of 4 m) is 13.5%.
 
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Data de Publicação
2024-03-12
 
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