Com a finalidade de conhecer a digestibilidade do feno da parte aérea da mandioca, foram estudadas as variedades Guaxupé e Mantiqueira, nas idades de 4, 7 e 10 meses de idade. O trabalho foi realizado nas instalações da Estação Experimental de Nova Odessa (SP) com delineamento de parcelas subdivididas, utilizando-se carneiros nas provas de digestibilidade. A proteína bruta dos fenos nas duas variedades decresceu com o avanço da idade (4, 7 e 10 meses) apresentando o feno da variedade Guaxupé 15,88%, 13,40% e 13,06% e a Mantiqueira 17,30%, 11,88% e 10,42%, respectivamente. Esta variação mostrou-se semelhante à encontrada para o capim Gordura por ROCHA⁴⁴ (8,16%, 7,05%, 7,44% e 5,16%) nos meses de janeiro, março, maio e início de julho, A fibra bruta aumentou com a idade (4, 7 e 10 meses) de 21,56% para 23,89% e 27,53%, para o feno da variedade Guaxupé. O mesmo ocorreu com o feno da variedade Mantiqueira (21,24%, 25,37% e 31,38% nos meses do maio, junho e setembro). Com relação à digestibilidade, observou-se que a variedade Guaxupé apresentou uma queda menos acentuada no coeficiente da fibra, o que possivelmente influiu na digestibilidade da proteína nas diversas épocas de corte (4, 7 e 10 meses). Quanto a variedade Mantiqueira, a digestibilidade da proteína foi muito influenciada pela queda acentuada da digestibilidade da fibra, seguindo o comportamento normal das gramíneas e leguminosas forrageiras. Os nutrientes digestíveis totais também foram influenciados pela digestibilidade da fibra. Os dados de rendimento por hectare de feno foram maiores para a variedade Mantiqueira. Sugerimos que outras variedades sejam estudadas, na procura de uma que melhor satisfaça na produção de parte aérea, associado à produção de raízes, tanto no 1º como no 2º ciclo vegetativo. Os fenos das variedades estudadas foram de bom valor nutritivo e poderão ser empregados com segurança desde que obtidos dentro das condições do experimento.

The top part of CASSAVA, “Guaxupé” and “Mantiqueira” varieties, after being desiccated as hay at the 4^th, 7^th and 10^th months of vegetation, was studied relatively to “in vivo” digestibility, with sheep. The experimental work was carried out at Nova Odessa (SP) Experimental Station, in a “split-plot” design. Crude protein in both varieties of cassava decreased as the age increased as following: 15,88%, 13,40%, 13,06%, for Guaxupé variety, and 17,30%, 11,88% and 10,42% for the Mantiqueira variety, respectively at 4, 7 and 10^th months. These decreases were found to be similar to molasses grass harvested moutly from December to July (8,16%, 7,05%, 7,44% and 5,16%). Crud fiber increased with the age of plants: 21,56%, 23,89%, 27,53% for Guaxupé variety, and 21,24%, 25,37% and 31,38% for Mantiqueira variety, at 4, 7, and 10^th month, respectively. It was, observed that the fiber digestibility of Guaxupé decreased slowly, having little effect on the corresponding, protein digestibility. On the other hand, the protein digestibility of Mantiqueira variety was greatly influenced by the decreasing rate of fiber digestibility, as it normally happens to grasses and legume forages. The Total Digestive Nutrients (TDN) were also influenced by the crude fiber digestibility. The greatest production of hay per hectare was given by Mantiqueira variety. Suggestions were made leading to find nother more productive for the top part and roots a long the first and second vegetative cycle. The Guaxupe and Mantiqueira hay from the top of the plant were considered satisfactory for animal nutrition.