O presente ensaio foi conduzido em uma gleba do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal com a finalidade de estudar algumas qualidades do labe labe (Dolichos lab lab L.), como forrageira. O terreno após conveniente preparo, foi semeado utilizando-se de semeadeira-adubadeira de três linhas, sendo tal operação realizada em uma parte da área a 16 de outubro, e o restante em 18 de novembro de 1974, caracterizando-se dessa forma duas épocas distintas de formação. As parcelas experimentais foram demarcadas após a cultura apresentar um certo desenvolvimento e cortadas em 21 de janeiro e 17 de fevereiro de 1975. Dessa forma ficaram caracterizadas as duas épocas de corte, que apesar de espaçadas no tempo, apresentaram plantas com períodos semelhantes de crescimento vegetativo. Antes do corte de cada parcela colheram-se todas as plantas existentes em um metro linear, já previamente sorteado dentro de cada canteiro, para fins de determinação da relação folha/caule e da composição química bromatológica desses órgãos vegetativos, separadamente. O material proveniente do corte de cada parcela foi pesado, sendo a seguir retiradas as amostras correspondentes ao número de canteiros colhidos, que foram encaminhadas para determinação da composição química bromatológica da planta inteira. Em seguida, toda a forragem verde foi submetida à fenação. O feno proveniente de ambas as épocas de corte foi convenientemente armazenado e usado em posterior ensaio de digestibilidade com ovinos. Os resultados obtidos de 2.432,03 e 1.778,00 kg/ha mostraram uma diferença significativa nas produções de matéria seca do labe labe, cortado nas épocas 1 e 2, respectivamente. Os coeficientes de digestibilidade determinados tanto para a matéria seca, quanto para os demais nutrientes do feno foram considerados baixos, resultando num valor energético que variou de 30,85 a 34,93% em termos de nutrientes digestíveis totais. Os valores obtidos para o consumo voluntário por unidade de peso metabólico de 65,67 e 66,91 g. MS/kg W^0,75, para as épocas 1 e 2, respectivamente, foram considerados bons. Uma correlação positiva e significativa (r = 0,66) verificada entre esse parâmetro e o coeficiente de digestibilidade da matéria seca, mostrou as boas qualidades de aceitação do material em estudo.

A field experiment was carried in an area of Animal Husbandry Department of Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal. The aim of the work was to study some qualities of lablab bean (Dolichos lab lab L.) sowed in different dates (October 16^th and November 18^th, 1974). After the culture development the plots were assigned and cuts were made at same intervals considering the sowing date. The harvests occurred respectively at January 21^th and February 17^th, 1975. Before the harvest of each plot all the plants of one linear meter row were cut in order to determine the chemical composition of leaves and stems separately and its leaf/stem ratio. After harvest the green forage from each plot were weighed and samples were taken in order to determine the chemical com position of whole plant and exceeding material were dried in the field. The maked hay was later utilized in a digestibility trial with sheep. Results showed a significant difference (P < 0.05) related to the production of dry matter, respectively, 2,432.03 and 1,778.0 0 kg/ha for the first and second cut date. Low digestibility coefficients of dry matter and other nutrients were obtained. The energetic value of hay in basis of TDN were 30.85% and 34.93%, respectively. Significant positive correlation (r = 0,66) was observed between voluntary intake and dry matter digestibility. The values of voluntary intake for metabolic weight (65.67 and 66.91 g. DM/kg W^0.75) showed enough hay acceptability.