No presente trabalho estudou-se o período de maior infestação de Contarinia sorghicola (Coq., 1898) (Diptera, Cecidomyidade), o período de florescimento das panículas de sorgo, técnicas de experimentação com aquela praga, assim como testou-se genótipos de sorgo com relação à resistência aquele inseto. Exceção feita aos ensaios de resistência de genótipos, nos demais experimentos de campo e de laboratório, utilizou-se o híbrido Continental 101, o qual foi semeado na área experimental da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias do Campus de Jaboticabal, SP. Os ensaios de laboratório foram desenvolvidos no Laboratório de Entomologia daquela instituição. O estudo da incidência da mosca do sorgo, foi baseado na exposição sucessiva e diária das panículas à oviposição, inciando-se após a completa emergência das mesmas, as quais foram ovipositadas apenas um dia de seu florescimento e nos demais ficaram protegidas com sacos de polinização. Paralelamente, observações sobre o período de florescimento das panículas daquele híbrido foram realizadas. A infestação de C. sorghicola (Coq., 1898) nas diferentes partes das panículas foi observada pelo “método da prensagem” de amostras oriundas da parte superior, mediana e basal das mesmas. Sacos de “polinização”, sacos de “polietileno” e sacos de “voil”, tratados ou não com inseticida e fungicida, foram estudados como tipos de proteção de panículas de sorgo contra a infestação daquele inseto, sendo que aqueles produtos químicos foram usados para prevenir a ocorrência de Rhopalosiphum maidis (Fitch., 1856) e fungos saprófitas sobre as panículas protegidas. Tipos de recipientes para emergência de C. sorghicola (Coq.,1898) e de seus parasitos, de panículas neles confinadas, e tratadas com fungicidas para controlar a ocorrência de fungos, foram também estudados. Os ensaios de resistência de genótipos de sorgo à C. sorghicola (Coq.,1898) foram desenvolvidos naquela área experimental e naquele laboratório, utilizando-se inicialmente 106 genótipos em 1975/76, os quais foram avaliados quanto ao grau de resistência, sendo utilizados nos ensaios posteriores, somente aqueles avaliados como menos suscetíveis àquela praga. As avaliações foram efetuadas baseando-se numa escala de notas visuais de danos. Pelos resultados obtidos, constatou-se que: - C. sorghicola (Coq., 1898) ovipositou com maior intensidade nos 7 primeiros dias de florescimento das panículas do híbrido Continental 101, com oviposição máxima no 3º dia de florescimento; - A duração média entre o início de emergência até o término de florescimento das panículas daquele híbrido foi de 11,70 ± 0,24 dias; - A mosca do sorgo infestou com maior intensidade o terço superior das panículas que as demais partes; - Na proteção de panículas contra a incidência de C. sorghicola (Coq., 1898), melhores resultados foram obtidos com sacos de “voil” e sacos de polietileno com orifícios; e os tratamentos químicos empregados nas concentrações respectivas não foram eficientes para prevenir a acorrência de pulgões e fungos sobre as panículas; - As “latas de emergência” revelaram-se mais propícias ao confinamento de panículas para se obter a emergência de C. sorghicola (Coq., 1898) e de seus parasitos; e os fungicidas nas concentrações utilizadas não foram eficientes contra a incidência de fungos nas panículas; - Os fungos que se desenvolveram sobre as panículas confinadas foram: Fusarium sp., Helminthosporium sp., Arthrobotrys sp., Trichothecium sp. e Chaetomium sp., - A porcentagem geral de parasitismo natural da mosca no híbrido Continental 101 foi de 27,20%, e as espécies emergidas foram: Aprostocetus diplosidis Crawford, 1907, e mais 3 espécies de Tetrastichus sp. (Hymenoptera, Eulophidae) ; - De todos os genótipos testados, a linha EA-73 comportou-se como altamente resistente à C. sorghicola (Coq., 1898) e estável em todos os ensaios, assim como a var. AF-28; os genótipos EA-261, EA-361, EA-256 e Granador INTA (74/75) apresentaram resistência moderada.

A series of experiments were carried out on the farm and in the laboratory of Entomology of the Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias do Campus de Jaboticabal - UNESP, to verify the flowering period of the sorghum hybrid Continental 101, the intensity of oviposition by Contarinia sorghicola (Coq., 1898) (Diptera, Cecidomyiidae) in that period, and to study the experimentation techniques. Also experiments with screening for resistance of sorghum genotypes were carried under field conditions from 1975/76 until 1979. The various incidence intensity sorghum midge during the flowering period, were obtained through the daily exposition the heads to oviposition, which were oviposited by the pest for one day during that period, and the following days were protected with pollination bags. Observations on the flowering period were made from the had emergence till the end of the period. The sorghum midge infestation in the different parts of the heads was observed by the “squeezing method”. Types of head protection treated and untreated with insecticide and fungicide, were studied during the flowering period. Also types of recipients to emergence of C. sorghicola (Coq., 1898) and their parasites, were evaluated in laboratory, where treated and untreated heads, with fungicides to preventive control of fungus, were confineds. The resistance of 106 sorghum genotypes to the pest was evaluated from 1975/76 to 1979, based on a visual rating system of damage notes. By the results obtained, it was verified that: - The oviposition of C. sorghicola (Coq., 1898) was more intense in the first seven days of the flowering periods of Continental 101, and the 3º day after the beginning of flowering was the more oviposited; - The average period from the beginning of head emergence until the end of flowering of Continental 101 was 11.7 ± 0.24 days; - More oviposition of sorghum midge was observed in the superior region of heads, than in the median and inferior regions, in that hybrid; - In the protection of sorghum heads against the oviposition of sorghum midge, more efficient results were obtained with “voil bags” and “polietylene bags” with holes and not trated with fungicide or insecticide. Those treatments were not eficients to control aphids or fungi in protected heads; - The “emergence tins” were more indicated to confined sorghum heads to obtain emergence of adults of C. sorghicola (Coq., 1898) and their parasites in laboratory, and the treatment of those heads with fungicides, were not efficient to control of fungi: Fusarium sp., Helminthosporium sp, Artrobotrys sp., Trichothecium sp. and Chaetomium sp. – The natural parasitism of sorghum midge in the Continental 101 hybrid was 27.20%, and the parasites were: Aprostocetus diplosidis Crowford, 1907 and Tetrastichus sp. (Hymenoptera, Eulophidae); - EA-73 and AF-28 sorghum genotypes, were highly resistant to C. sorghicola (Coq., 1898) and stable in all trails, and the genotypes EA-261, EA-361, EA-256 and Granador INTA (74/75) were moderately resistants to the pest.